O momento do lançamento; a foto abaixo foi distribuída pela tevê estatal norte-coreana a partir de uma filmagem
Por Roberto Lopes
Desafiando advertências internacionais, a Coreia do Norte lançou, neste domingo (sábado 06.02 no Brasil) um foguete de longo alcance que, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, especialistas da comunidade internacional consideram ser um teste balístico secreto.
A Organização das Nações Unidas (ONU) e os governos de alguns países admitem, claramente, que o lançamento pode ser mero disfarce para a execução do teste proibido de um míssil que poderia atingir a área continental dos Estados Unidos.
A Administração de Pyongyang defende que o lançamento, na base de Sohae – extremo noroeste do território norte-coreano – não passou da execução de um “projeto científico”, realizado para colocar em órbita o satélite de observação da Terra e de posicionamento denominado Kwangmyong 4.
A população de Pyongyang ficou sabendo por meio de um telão, no centro da cidade, do lançamento do foguete em Sohae
Aparentemente, s subida do foguete ao espaço foi antecipada. Anteriormente, os norte-coreanos haviam comunicado aos órgãos internacionais que a janela para o lançamento começaria apenas nesta segunda-feira (08.02), terminando no próximo dia 25.
Sanções – O teste norte-coreano deve ser respondido com novas condenações e sanções no âmbito da ONU – o que parece não incomodar demasiadamente os dirigentes da Coreia do Norte, país que é considerado o mais fechado do mundo.
Na quarta-feira passada (03.01) o governo da Rússia manifestou “preocupação” com o lançamento norte-coreano que, então, já parecia prestes a acontecer. Aguarda-se, agora, um pronunciamento oficial da China, país com o qual os norte-coreanos mantém seu maior intercâmbio comercial.
O último lançamento deste tipo havia acontecido em 2012, quando, e parte do programa de desenvolvimento de mísseis intercontinentais do Regime ditatorial de Kim Jong-un.
Testes nucleares e lançamentos de foguetes pela Coreia do Norte são vistos como passos cruciais no rumo da meta final do país, de possuir um arsenal com armas nucleares e mísseis de longo alcance.
Base de Sohae pronta para o lançamento
A Coreia do Norte diz que seus programas nucleares e de mísseis são necessários para defender-se contra o que chama de “décadas de hostilidade” dos Estados Unidos.
Kim Jong-un supervisionou, pessoalmente, dois dos quatro testes nucleares e três testes de foguetes de longo alcance desde que assumiu após a morte de seu pai, Kim Jong-il, no final de 2011.
O teste nuclear realizado em 6 de janeiro – supostamente com uma bomba de hidrogênio – fez a ONU reforçar ainda mais as sanções contra o país.
Plano Brasil
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