Riad, 28 fev (Prensa Latina) Tropas de 20 países árabes e islâmicos continuam hoje sua participação na maior manobra militar na história de Oriente Médio concebida, segundo seus organizadores, para neutralizar a ameaça terrorista e de alguns poderes regionais.
Batizadas com o nome de Trovão do Norte, os exercícios começaram no sábado com o emprego de equipamento e armamento sofisticado na zona de Hafr A o-Batem, no nordeste de Arabia Saudita, e se prevê que durem 18 dias, tempo durante o qual estará fechado o espaço aéreo saudita.
De acordo com o comando castrense do reino, a operação é a maior e mais importante no Oriente Médio e uma das maiores do mundo, em termos do número de forças participantes, duração e extensão da área de manobras, daí que receba atenção a níveis regional e internacional.
Meios de imprensa não oficiais referiram que nos jogos bélicos intervêm uns 350 mil soldados, 2.540 aviões de guerra, 20 mil tanques e 460 helicópteros de Jordânia, Senegal, Sudão, Maldivas, Marrocos, Paquistão, Chade, Tunísia, Ilhas Comores, Djibouti, Malásia e Egito.
Também estão presentes Mauritania, Turquia, Emiratos Árabes Unidos, Bahrein, Kuwait, Omã, Quatar e o país anfitrião, bem como as Forças do Escudo da Península do Conselho de Cooperação do Golfo, formado pelas últimas seis nações árabes mencionadas.
Os exercícios Trovão do Norte estão focados no confronto à crescente ameaça de grupos terroristas e de alguns poderes regionais, explicaram oficiais no que meios regionais interpretaram como uma velada referência ao Irã e o movimento de resistência libanês Hezbollah.
Agregaram que além do treinamento de unidades sobre como lidar com os terroristas, também se põe ênfases em como transitar das operações tradicionais às de baixa intensidade.
Trovão do Norte, que decorre na área de Hafr Al-Batem adjacente do Iraque e próximo do Irã e Síria, se produz em momentos de crescentes ameaças de organizações jihadistas e de instabilidade política e de segurança na região, reconheceram as fontes.
De fato, a imprensa regional especulou que se trata de uma movida estratégica como preparação para uma possível incursão terrestre em Síria.
Pelo mesmo, analistas sustentam que o teatro de manobras no nordeste saudita envia uma clara mensagem militar a quem para o reino wahabita põem em perigo sua segurança e a de seus aliados de que a aliança encabeçada por Riad está unida para enfrentar todos os reptos e manter a paz regional.
Esses jogos bélicos são os primeiros de tal envergadura que se desenvolvem após a ruptura de relações diplomáticas entre Teerã e Riad em janeiro passado, a raiz da execução aqui do clérigo xiita jeque Nimr Al-Nimr, e de recentes atritos com O Líbano associadas a Hezbollah.
Prensa Latina
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