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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Líbano deplora alerta de viagens emitidas por países do Golfo


Líbano deplora alerta de viagens emitidas por países do Golfo

Beirut, 24 fev (Prensa Latina) Círculos governamentais e outros aliados do movimento Hizbulah criticaram hoje as medidas adotadas por Arabia Saudita, Emirados Árabes Unidos (EAU) e Bahréin de prevenir seus cidadãos de viajar ao Líbano ou abandonar este país.

Fontes do Governo libanês que requereram o anonimato adiantaram a Imprensa Latina que nesta quarta-feira poderia ser divulgada posição institucional com respeito à decisão de Riad, Abu Dhabi e Manama, tomada apesar de que Beirut ratificou faz dois dias seu apego ao consenso árabe.

O comentário seguiu à notícia de que o premiê Tammam Salam tem intenção de se reunir hoje com o embaixador saudita, Ali Awadh Asiri, para diminuir as tensões depois de que Riad suspendeu uma ajuda de três bilhões de dólares ao Exército e as Forças de Segurança libanesas.


Segundo o diário A o-Mustaqbal, o chefe do executivo deseja expressar ao diplomata wahabita a disposição do Líbano de permanecer em contato com a liderança saudita e preparar uma sorte de periplo de desagravo pelos países membros do Conselho de Cooperação do Golfo.

Fontes citadas pelo periódico kuwaití A o-Seyassah referiram, ademais, que mais da metade dos 24 membros do gabinete de Salam o acompanhariam nesta reunião, mas não estariam os ministros membros do movimento de resistência xiita Hizbulah, ao que Riad acusou de dominar o Governo.

A pressão saudita respondeu à negativa de Gebran Bassil, chanceler libanês e líder do Movimento Patriótico Livre (aliado de Hizbulah), de apoiar resoluções do reino wahabita contra Irã e esse partido em recentes reuniões de titulares árabes e islâmicos.

Hizbulah afirmou que a suspensão da ajuda militar obedeceu à pressão econômica saudita por sua guerra no Iêmen, onde lidera uma coalizão árabe-islâmica, e ao golpe sofrido pela queda do preço do petróleo.

Riad reclamou condenações às ações contra suas missões diplomáticas em Teerã e Mashhad que executaram iranianas para protestar pela execução do clérigo xiita saudita jeque Nimr a o-Nimr, a começos de janeiro.

Também recusou o que descreveu como "campanhas políticas e mídiáticas inspiradas por Hizbulah" em sua contra, bem como supostos "atos terroristas dessa organização contra nações árabes e muçulmanas".

Os ministérios de Relações Exteriores emiratí, saudita e bahreiní emitiram ontem, por separado, mas coincidentemente, alerta a seus nacionais para que se abstenham de viajar a Beirut por razões de segurança, e os instaram a sair do país o mais breve possível.

"Chamamos todos os cidadãos a não viajar ao Líbano por sua própria segurança ... e também urgimos a quem residem ou estão de visita o abandonar e não permanecer ali, a não ser por máxima urgência, e se manter vigilantes e precavidos", refere uma nota da chancelaria saudita.

Em termos similares pronunciou-se o governo de EAU, que ademais reduziu ao mínimo nível sua representação diplomática em Beirut, e o de Bahréin, que instou aos cidadãos aqui a "sair imediatamente".

Prensa Latina

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