As Forças Armadas da Turquia retaliaram nesta sexta-feira (26) um suposto ataque do exército regular da Síria, informou a agência Anadolu.
De acordo com fontes da publicação, ao menos cinco disparos da artilharia síria haviam atingido mais cedo uma região desértica da província turca de Hatay, próximo à fronteira com a Síria. Não houve feridos.
Os ataque teriam sido realizados a partir do território onde exércitos regulares do governo sírio combatem há alguns dias forças da oposição armada do país árabe.
Segundo fontes militares da Anadolu, a resposta da artilha turca aos supostos ataques sírios se deu conforme o regulamento que prevê reações a ameaças contra o país.
Ao longo desta semana, a artilharia turca vinha alvejando posições curdas na base aérea de Minneh, no norte da Síria. O primeiro-ministro da Turquia Ahmet Davutoglu explicou que ação militar se deu resposta a ameaça da fronteira turca por parte das forças curdas do Partido da União Democrática (PYD), considerado terrorista por Ancara, e que haviam recusado exigências turcas de deixar suas posições ao norte de Aleppo.
Mais cedo, o ministério da Defesa da Rússia havia declarado que Moscou está preocupada com os ataques da Turquia contra o território sírio, e que considera as hostilidades turcas como um apoio velado ao terrorismo e uma violação da resolução do Conselho de Segurança da ONU.
Na segunda-feira (22) os EUA e a Rússia emitiram uma declaração conjunta propondo para 27 de fevereiro o início de um cessar-fogo entre as forças do governo e a oposição armada na Síria. O documento destacou que a trégua não se aplicará ao Daesh (Estado Islâmico), à Frente al-Nusra e a outras organizações atuantes do país e consideradas terroristas pela ONU, que continuarão a ser combatidas pelas forças internacionais, incluindo o exército sírio.
Desde 2011, a Síria está envolvida em uma guerra civil, com as forças do presidente Bashar Assad combatendo vários grupos de oposição — entre eles, grupos terroristas como a Frente Nusra e o Daesh.
Sputnik
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