(10-02-2016) É o Zika uma ameaça global? Ou uma campanha orquestrada por grandes corporações? Estas são algumas das questões que Javier Rodríguez Carrasco detalha esta semana em ‘El Zoom’ de RT. Apoiado pela opinião de virologistas e analistas, o apresentador nos mostrará as diferentes caras de uma epidemia que disparou os alertas sanitárias a nível mundial. Nesta edição ouviremos como este vírus pode ‘mutar’ em ações políticas e econômicas por parte de governos e empresas.
No passado dia 1 de fevereiro a Organização Mundial da Saúde declarava o estado de emergência internacional pelo vírus Zika. Segundo aponta o anfitrião do programa de RT ‘El Zoom’, Javier Rodríguez Carrasco, o alarmante “são os vínculos que lhe estabeleceram com os milhares de casos de microcefalia de recém nascidos e com alterações neurológicas que não foram confirmados pela própria OMS, que o que sim diz é que ambas coisas ‘coincidiram em espaço e tempo'”.
“Se não se demostrou e se vão realizar agora estudos e análise, por que criar alarme social?Por que se tomam medidas como aumentar a cobertura do aborto para as mulheres afetadas?”, planteia o apresentador. Neste sentido, o virologista Jose Antonio Lópezsustenta que “deve-se ser cautelosos” e não dizer abertamente que o vírus Zika provoca microcefalia “sem tê-lo comprovado”, destacando que tomar medidas de prevenção é algo normal, mas pretender que não tenha gravidez é “excessivo”.
Qual é a causa da propagação do vírus?
Neste novo programa, Rodríguez Carrasco apresenta um mapa viral nas redes sociais que mostra a localização exata no Brasil onde no ano 2012 “se enviaram uns mosquitos modificados genéticamente para lutar contra a dengue, o próprio zika, a febre amarela”. “Casualidades da vida, precisamente essa é a zona onde mais casos se estão registrando”, destaca o apresentador de RT.
“A empresa que se encarregou de fazê-lo se chama Oxitec, que é propriedade da Intrexon e que pertence ao multimilionário Randal J. Kirk, que por sua vez concede facilidades para realizar alguns experimentos a Bill Gates“, explica o anfitrião de ‘El Zoom’, acrescentando que “a Rede já fez eco de uma imagem em que se estima que o Zika é propriedade dos Rockefeller”.
Estão as grandes corporações pesticidas por trás da criação do vírus?
O jornalista de investigação Jon Rappoport afirma que o Zika serve de subterfúgio e “escudo” para encobrir o dano que fazem as grandes corporações de pesticidas no Brasil.
“É o país que mais pesticida utiliza no mundo e a atracina está vinculada com a microcefalia. Existe um estudo muito polêmico que assegurava que o Roundup da Monsanto também estava vinculado com a microcefalia“, revela Rappoport. O jornalista acrescenta que “é muito mais fácil dizer: temos um problema no Brasil mas está causado por esse vírus exótico chamado Zika sobre o qual não temos nenhum controle”.
Ademais, o especialista destaca que segundo as últimas informações “os investigadores só podem confirmar 270 casos de microcefalia, não 4.000 casos como se falou a principio”, indicando que de todos os casos confirmados somente em seis se encontrou o vírus. “Toda essa história de uma epidemia global, foi prematura e jamais deveria ser anunciada dessa forma“, critica.
O jornalista acrescenta em relação a algumas publicações que indicam que as mulheres não devem ficar grávidas nos próximos três anos, diz que pretendem conseguir uma “despopulação por parte da imprensa”, pois não há base científica para estas manchetes. “Também dizem que tenhamos cuidado ao visitar 22 países em concreto. Estamos diante uma campanha do medo“, denuncia.
O Zika, uma pandemia econômica?
“Estamos a menos de 200 dias para o início das Olimpíadas [no Rio de Janeiro] e se observarmos as perspectivas do país e a sua situação atual, o panorama é quanto menos preocupante”, explica o apresentador de RT.
Segundo Rodríguez Carrasco, Rousseff encara umas cifras pouco alentadoras: existe uma queda do Produto Interno Bruto de 3,5% com um investimento próximo aos 8.8 bilhões de euros investidos para o evento esportivo. Ademais, as agências de turismo já estão reestruturando seus pacotes de ofertas devido a existência do vírus, algo que quebra os esquemas do Ministério desta esfera, que esperava a chegada de meio milhão de turistas ao Rio 2016 graças a desvalorização do real brasileiro frente ao dólar.
O analista político Vladímir Kiréyev sustenta que “os biólogos estão observando a atuação desde certas corporações, a mutação deste vírus e a influência do aspecto político“. “Se pode observar que certos países possuem interesses nas regiões por onde se expandiu o Zika“, declara.
“Pode ser que se trate de uma campanha publicitária para vender em um futuro um fármaco viral, mas também vejo uma ameaça no fato de que podem estar propagando este vírus para exercer uma influência política nestes países“, sentencia.
Fonte: RT
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