Bagdá, 29 mar (Prensa Latina) Até o momento 3 iraquianos morreram e 27 ficaram feridos hoje por um ataque suicida na praça Tayaran nesta capital, enquanto o Exército informou novos progressos em suas operações antiterroristas em Nínive e Al-Anbar.
Fontes de segurança indicaram que um homem detonou esta manhã a carga explosiva que levava acoplada ao seu corpo próximo a uma concentração de trabalhadores na mencionada praça do centro de Bagdá, mas até o momento nenhum grupo assumiu a autoria da agressão.O ataque se deu em meio à ofensiva das forças armadas e de segurança contra o autoproclamado Estado Islâmico (EI) nas imediações de Mosul, capital da província de Nínive, ao norte, e segunda cidade do Iraque, e várias localidades da demarcação ocidental de Al-Anbar.
Porta-vozes do Exército anunciaram que as tropas regulares mataram e feriram dezenas de extremistas do Daesh, acrônimo árabe do EI, e destruíram seus veículos durante ataques em ambas províncias apoiados pela aviação nacional e a da coalizão estrangeira liderada pelos Estados Unidos.
Aviões da referida aliança internacional abateram quatro jihadistas no oeste da fábrica de concreto de Kubaysah, onde também destruíram uma caminhonete de artilharia com um lança-foguetes e seis mísseis, além de eliminar uma guerrilha na aldeia de Haj Alí, ao sul de Mosul.
Outros quatro takfiristas (terroristas islâmicos sunitas) perderam a vida por ataques de forças aéreas e terrestres no norte de Ain Al-Assad.
Porta-vozes militares reconheceram que a ofensiva para dominar a capital de Nínive tem sido lenta devido à resistência de extremistas do EI, mas assinalaram que se combate com êxito nas colinas das aldeias vizinhas a Mosul, sem descuidar da frente aberta em Fallujah (Al-Anbar).
Combatentes curdos Peshmerga mantêm o controle do povoado de Makhmour, recuperado na semana passada, e preparam ações militares conjuntas com voluntários xiitas da Mobilização Popular e membros de tribos sunitas para recapturar Al-Qayyara, ainda nas mãos do Daesh ao sul de Mosul.
A colocação de explosivos e de franco-atiradores por parte dos terroristas obstaculiza as operações, por isso que em três dias de ofensiva na semana anterior conseguiram tomar as aldeias de Koudila, Karmerdi and Kherabardan, mas desde o domingo tentam sem sucesso chegar a Nasr.
Paralelamente às ações militares, o governo do primeiro-ministro Haider Al-Abadi enfrenta uma forte pressão do clérigo radical xiita Muqtada Al-Sadr para que ponha em marcha as prometidas reformas contra a corrupção e anuncie um governo de tecnocratas que substitua o atual executivo.
Seguidores de Al-Sadr concentraram-se no fim de semana no centro de Bagdá e na fortificada Zona Verde para lançar um novo ultimato ao mandatário e advertir que, se não atender suas demandas, intensificarão os protestos, ainda que sempre pela via pacífica.
Prensa Latina
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