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segunda-feira, 14 de março de 2016

Batalha por Palmira é momento crucial da guerra na Síria

Militares sírios lançam fogo da peça de artilharia D-30 contra as posições de militantes nos arredores de Palmira, Síria, 14 de março de 2016
Exército sírio recebeu a ordem de lançar uma ofensiva contra a cidade de Palmira, a pérola do deserto sírio, que cerca de um ano atrás foi tomada pelos militantes do Daesh.

O correspondente da agência noticiosa russa RIA Novosti passou alguns dias lado a lado com os soldados do exército sírio e observou como se realizam os preparativos para a ofensiva e e são planejadas as missões precisas para eliminar os terroristas em Palmira.

Os militares sírios pensam que a vitória em Palmira será um momento crucial em toda a guerra contra os terroristas na Síria, visto que tal permitirá abrir o caminho para Raqqa, o principal baluarte do Daesh no país, e chegar à cidade sitiada de Deir ez-Zor.

Do lado de Homs, Palmira está cercada por altas montanhas. Todos os montes estão nas mãos dos terroristas. Os militantes construíram redutos nas suas posições e agora a cidade está cercada por numerosas fortificações modernas.

“O problema é que não podemos realizar um assalto. A nossa ofensiva seria atingida a partir dos montes, dos dois lados. É preciso eliminar os seus pontos de observação nos montes. Mas isso não é possível fazer somente com o uso de artilharia e aviação. É preciso subir até lá de modo cauteloso e imperceptível”, disse um dos militares sírios em conversa com o jornalista russo.

Ao longo da estrada para Palmira, de quilómetro a quilómetro, há posições do exército ou de vários grupos da milícia síria. Além das suas forças locais, o Daesh está deslocando parte dos militantes do Iraque para a região de Palmira.

Nas condições em que Palmira se encontra, uma ofensiva não é algo em que participem milhares de soldados e centenas de peças de equipamento militar. São organizados grupos de soldados com cerca de 100 homens.

Primeiramente, a zona de operação dos militantes foi bombardeada por helicópteros militares sírios. Depois começou o trabalho dos soldados. Durante uma batalha de algumas horas, muitos soldados ficaram feridos, 5 combatentes da milícia popular foram mortos.

Segundo os soldados que conseguiram subir a um dos montes, terroristas criaram túneis subterrâneos onde escapam do fogo de artilharia e da aviação. Quando uma parte dos militantes usou um dos túneis, um grupo de assalto bloqueou a entrada e abandonou o monte.

No dia seguinte, a artilharia, aviões e helicópteros continuaram os ataques na região. À noite, os militantes começaram a fazer fogo caoticamente contra as posições do exército, alguns grupos das tropas sírias partiram de novo paras missões.

“O inimigo percebe que, quando tomarmos o controle de Palmira, a ofensiva continuará e derrotaremos o seu baluarte em Raqqa. A batalha aqui pode ser considerada um momento crucial, mas é muito difícil”, disse ao correspondente russo um major fatigado do exército sírio.

Em Palmira há mais de 2 mil terroristas. Eles tomaram montes mais altos e possuem tudo que o Exército tem, exceto a aviação. Os combates mais violentos ocorrem a 30 km de Palmira. Ali, o exército e a milícia combatem pela posse de todas as colinas no deserto, prosseguindo para a estrada em direção ao norte.
Os militares estão otimistas mas a batalha decisiva ainda está pela frente.

Sputnik

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