Teerã, 6 mar (Prensa Latina) O chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, enalteceu hoje o papel do movimento de Resistência Hezbollah em preservar a soberania do Líbano, e pediu a países árabes do golfo Pérsico mudar a confrontação pelo diálogo.
"Sinto que certos países em nossa bacia, especialmente o governo saudita, andam por trás da tensão e insegurança na região por causa das políticas errôneas que adotaram", comentou Zarif antes de viajar a Indonésia a um encontro da Organização de Cooperação Islâmica (OCI).
O ministro das Relações Exteriores respondeu assim à decisão do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), formado por seis países árabes, de qualificar o Hezbollah (Partido de Deus) como organização terrorista e o acusar de desestabilizar a estados desta região.
Agregou que tais políticas e o uso de certas etiquetas "só tranquilizará o regime sionista (Israel), e todos os amantes da liberdade no mundo árabe odiarão tais ações".
Zarif recordou que o movimento de Resistência libanês foi a única organização que pôde defender a soberania do Líbano contra as agressões dos sionistas e forçou a retirada dos usurpadores, em referência a acontecimentos ocorridos em 2000 e 2006.
Reprovou o fato de impor ao agrupamento xiita o qualificativo de terrorista, apesar de lutar na Síria contra os grupos takfiristas (extremistas islâmicos sunitas) como o Estado Islâmico e o Em frente al-Nusra.
"Suas ações (as do CCG) não só são condenáveis e carenciados de crédito, mas que também revelam o papel negativo desses países na região e a comunidade mundial para aqueles que estão monitorando tais atos", agregou.
A república islâmica, prosseguiu Zarif, tem urgido repetidamente a seus vizinhos árabes ao diálogo, a interação positiva, a boa vizinhança e a evitar atos que podem causar violência e tensão na região.
Em alusão às monarquias árabes do Golfo, o chefe da diplomacia persa acrescentou que "eles podem testemunhar as repercussões de suas velhas políticas errôneas na Síria e Iêmen hoje. "Seria melhor que se detenham antes de que suas ações se tornem incontroláveis e possam ser voltado contra eles, e que respondam positivamente ao chamado ao diálogo, a cooperação e a boa vizinhança", aconselhou.
Arábia Saudita rompeu em 4 de janeiro relações diplomáticas com o Irã, que é o principal aliado do Hezbollah, depois de protestos aqui que desembocaram em ataques a enubles diplomáticos do reino por pessoas que protestavam contra a execução do clérigo xiita Nimr Al-Nimr.
A negativa do Líbano a sustentar resoluções contra Irã e Hezbollah propostas pela monarquia Al-Saud em reuniões de chanceleres da Liga Árabe e a OCI levou o reino a cortar uma ajuda militar por quatro bilhões de dólares e alentar a seus cidadãos a não viajar a Beirute.
Prensa Latina
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