Dois jatos “Adir” em testes nos Estados Unidos; embaixo: concepção artística de um F-35 desenvolvido pela Lockheed Martin para a Aviação Militar de Israel
Por Roberto Lopes
Os dois primeiros caças supersônicos multifunção Lockheed Martin F-35 da versão Adir, chegarão para a Força Aérea Israelense no dia 12 de dezembro; outros seis serão entregues ao cliente no decorrer de 2017.
Imediatamente após o recebimento do final deste ano, uma das novas aeronaves será empenhada em uma série de testes e ensaios em voo para que os seus sistemas sejam ajustados às exigências operacionais da Aviação Militar de Israel, em campos como o das comunicações e do voo de características “furtivas”.
Israel encomendou 33 F-35 de pouso e decolagem convencionais – o suficiente para dois esquadrões nos padrões da Força Aérea de Israel –, e tenciona aumentar essa quantidade à medida que obter novos créditos do mecanismo financeiro americano intitulado Foreign Military Financing (FMF), disponível às nações aliadas dos Estados Unidos.
O governo de Tel Aviv abriu negociações para aumentar o valor dos seus créditos no FMF pelo prazo de dez anos.
Como parte dessas aquisições estão previstas novas instalações em diferentes base aéreas israelenses, com o objetivo específico de atender os requisitos operacionais do F-35.
A Unidade de Manutenção nº 22 da Aviação de Israel já prepara oficinas dedicadas a setores específicos da manutenção do F-35, como, por exemplo, um centro de apoio à preservação de materiais compostos (como fibra de carbono).
Comparação – Os custos dessas compras de F-35 Adir suscitam informações contraditórias.
O número mais recente para o valor unitário de cada aeronave é de 96 milhões de dólares – aí considerado o rateio dos custos de suprimentos, treinamento e documentação. Na hipótese dessa estimativa estar próxima à realidade, cada F-35 Adir estaria saindo 9 milhões de dólares mais caro que os F-16 Block V ofertados, mês passado, pela Lockheed Martin, à Força Aérea do Paquistão.
Entretanto, nesse caso, é preciso levar em consideração que a quantidade de aeronaves do lote paquistanês é baixíssima: entre seis e oito caças.
As autoridades militares de Israel estão, contudo, precisando fazer outros investimentos derivados da importação do jato Adir, como, por exemplo, bancar as modificações que a empresa Rafael vem realizando em alguns modelos de mísseis e sensores de armamento para que eles possam ser integrados ao novo avião.
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