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domingo, 3 de abril de 2016

Ofendida pela violação de suas águas por um navio guarda-costas da China, Jacarta decide estacionar caças F-16 em seu arquipélago do Mar do Sul da China

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Caça F-16 da Aviação Militar da Indonésia

Por Roberto Lopes

Exatos 12 dias depois de um navio-patrulha da Guarda Costeira da China ter impedido o KP (barco-patrulha na nomenclatura indonésia) Hiu 11, do Ministério dos Assuntos Marítimos e da Pesca da Indonésia, de capturar o pesqueiro chinês Kway Fey 10078, de 200 toneladas, que fora flagrado realizando pesca ilegal nas águas do arquipélago de Natuna, o governo de Jacarta devolveu, nesta quinta-feira (31.03), o assunto às manchetes internacionais.

Durante uma entrevista exclusiva à agência de notícias americana Bloomberg News, o ministro da Defesa indonésio, general Ryamizard Ryacudu, de 66 anos, anunciou que seu governo (1) está preparando o desdobramento de cinco caças F-16 em suas ilhas, situadas no limite meridional do Mar do Sul da China, e (2) apressará a criação, nesse território insular, de um importante complexo militar.

O arquipélago de Natuna consiste em 272 ilhas que integram a Província das Ilhas Riau, onde vivem, aproximadamente, 70.000 habitantes.

O maior aglomerado urbano de Natuna é Ranai, situada na Ilha Besar, 1.136 km ao norte de Jacarta. A cidade abriga uma base naval (capaz de sediar apenas navios-patrulha), e um aeroporto dotado de pista de 2.563 m de extensão. Apesar de receber voos regulares e do tipo charter operados por quatro companhias aéreas (por causa do turismo), o aeródromo é totalmente controlado pela Força Aérea da Indonésia.

De acordo com o ministro Ryacudu, os indonésios estão apressando a reforma de uma pista de pouso e a construção de um pequeno porto.
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A sequência mostra a vigilância exercida sobre as águas do arquipélago de Natuna por milicianos do Ministério dos Assuntos Marítimos e da Pesca da Indonésia e, abaixo, um dos muitos “cutters” da Guarda Costeira chinesa que patrulham a região para proteger os pesqueiros do seu país
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O enclave militar deverá receber ainda um destacamento de fuzileiros navais, unidades especiais da Aviação Militar da Indonésia, drones e um novo sistema de radares de vigilância, além de um batalhão do Exército e de três fragatas da Marinha.

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