Os militares russos consideram uma hipótese de instalar a base da Frota do Pacífico na ilha de Matua pertencente ao arquipélago das Curilhas, disse o comandante de tropas do Distrito Militar Oriental, general Sergei Surovkin.
Agora na ilha de Matua está em curso uma expedição conjunta do Ministério da Defesa e Sociedade geográfica russa. Desde a Segunda Guerra Mundial, permanecem na ilha três pistas de aterrisagem para aviões.
“O principal objetivo da expedição é estudar as possibilidades de instalar as forças da Frota do Pacífico [na ilha de Matua]”, disse Surovkin na reunião do Conselho Militar do Distrito Militar Oriental.
O general destacou que agora a ilha de Matua tem um campo de forças armadas.
A expedição sob o comando do vice-comandante da Frota do Pacífico, vice-almirante Aleksandr Ryabukhin, foi iniciada em 7 de maio a partir de Vladivostok. Agora há cerca de 200 pessoas na ilha.
No fim de março, o ministro da Defesa russo Sergei Shoigu disse que a Rússia considera a possibilidade de instalar a base da Frota do Pacífico nas ilhas Curilhas em 2016, quando os militares russos instalarem ali sistemas móveis de mísseis antinavio.
O Japão reclama as ilhas Curilhas (Iturup, Kunashir, Shikotan e Habomai), alegando o Tratado Bilateral sobre o Comércio e Fronteiras, assinado com Moscou em 1855. Moscou, por seu turno, parte da ideia de que as ilhas Curilhas do Sul se tornaram parte da União Soviética depois da Segunda Guerra Mundial e que a soberania russa sobre as ilhas não pode ser colocada em dúvida. Os países nunca assinaram um tratado de paz depois da guerra.
Entretanto, a visita do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe à Rússia e as negociações com o presidente russo Vladimir Putin foram marcadas pela ‘nova abordagem’ do problema das ilhas Curilhas. A proposta do Japão foi considerada como construtiva pela parte russa.
Sputnik
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