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sexta-feira, 13 de maio de 2016

Temer forneceu informações à inteligência dos EUA, segundo WikiLeaks.Repercursão da notícia no Brasil.

Michel Temer, presidente interino do Brasil
O presidente interino do Brasil, Michel Temer, foi um informante da inteligência e Defesa dos Estados Unidos há dez anos, segundo informou o site WikiLeaks nesta sexta-feira.
New Brasil president  provided political intelligence to US National Security Council, US Militaryhttps://wikileaks.org/plusd/cables/06SAOPAULO30_a.html#efmAJZAKWAKfAK-ARrASHAS1ATbCf0Cf9CgLCgZDOLDOVDWDDX7EGjEHl  
Segundo a organização, nos meses de janeiro e junho de 2006, o presidente do PMDB enviou documentos ao Conselho de Segurança Nacional dos EUA e ao Comando do Sul, em Miami, descrevendo sua visão sobre a unidade do partido e as eleições que seriam realizadas naquele ano.
"Novo presidente brasileiro, #Temer, foi um informante da embaixada para a inteligência e as Forças Armadas dos EUA", disse o WikiLeaks através do seu Twitter.


Temer, escolhido como vice-presidente de Dilma Rousseff nas eleições de 2011 e 2014, assumiu a presidência do Brasil na última quinta-feira, após o afastamento da chefe de Estado legitimamente eleita, contra a qual foi instaurado um processo de impeachment.

Sputnik

Notícia de colaboração de Temer com Segurança Nacional dos EUA repercute no Brasil

A informação divulgada nesta sexta-feira, 13, pelo site WikiLeaks, de que o presidente Michel Temer fornecia informações políticas sobre o cenário brasileiro para o Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos continua repercutindo no Brasil.

Segundo o site, em janeiro e junho de 2006, Temer, na qualidade de líder do PMDB, transmitia seus pontos de vista sobre a unidade do partido e as próximas eleições presidenciais a órgãos de inteligência americanos. Sob a rubrica "sensível", as informações foram enviadas ao Comando Sul dos EUA em Miami e ao Conselho Nacional de Segurança dos EUA, entre outros destinatários.

Para o presidente da Associação Brasileira de Direito Internacional, Wagner Menezes, informações como as prestadas por Temer são algo comum nas relações intergovernamentais.

"Essa é uma prática rotineira, quando governos consultam lideranças de outros países. Não vejo qualquer tipo de entreguismo, vazamento político sensível ou risco à soberania nacional."

Já para o secretário estadual da Juventude do Partido dos Trabalhadores (PT) em São Paulo, Erik Bouzan, a divulgação da colaboração de Temer com o Conselho de Segurança Nacional dos EUA  traz uma preocupação maior para o PT, na medida em que reforça a hipótese de participação do governo americano em ajudar a desestabilizar o cenário político do Brasil.

"Já dava para imaginar algo parecido. O papel agora é denunciar esse fato à sociedade e cobrar explicações de Temer", diz Bouzan.

Sputnik

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