O Senado da Itália aprovou, na tarde desta quarta-feira (29), uma emenda ao projeto de lei sobre missões militares de acordo com a qual é suspenso o fornecimento de peças para caças F-16.
Foi o primeiro passo sério do parlamento italiano em relação ao Egito por causa do caso de Giulio Regeni, mestrando italiano que foi morto em janeiro deste ano na capital do Egito.
O especialista militar e general aposentado do exército do Egito Abdel Rafe Darwish comentou à Sputnik as consequências da decisão italiana que, segundo ele, é “perigosa para o Egito”.
“É uma decisão muito perigosa para o Egito que influencia diretamente o potencial militar da sua aviação militar porque as peças têm um prazo específico de validade, depois do fim do qual não é possível usá-las. (…) Assim, as peças devem ser fornecidas ininterruptamente para garantir o funcionamento normal dos caças F-16”, disse.
O general acrescentou que para evitar tais situações os representantes oficiais egípcios reiteradamente apelaram às autoridades para que o país se arme a partir de diversas fontes. Por causa dessa falta de diversidade no fornecimento de armamento ao exército egípcio, alguns países têm mecanismos de pressão sobre o Egito.
“Se tivéssemos fornecimentos de armas de vários países, não seria preciso depender de nenhum dos lados em questões de fornecimento de armas e peças”, explicou Abdel Rafe Darwish.
O cidadão italiano Giulio Regeni desapareceu no Cairo em 25 de janeiro, mas só em 3 de fevereiro se tornou público que ele tinha sido morto.
sputniknews
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