Desenho da fuselagem do KF-X sul-coreano deve ficar pronto dentro de dois anos

O projeto KF-X visto em dois ângulos diferentes


Por Roberto Lopes

Mais antigo jornal no idioma inglês publicado na Coreia do Sul, o The Korea Times noticiou, no último fim de semana, que a construtora de aeronaves Korea Aerospace Industries (KAI), em associação com o Instituto de Pesquisas Aeroespaciais da Coreia, deu início à primeira fase de testes, em túnel de vento, do projeto designado provisoriamente como Korean Fighter Experimental (KF-X) Program – Programa do Caça Experimental Coreano.

As provas no túnel permitirão aos projetistas coreanos finalizar a fuselagem desse jato bimotor “de próxima geração” – como os especialistas locais o tratam – por volta de meados de 2018.


O programa KF-X custará 15,3 bilhões de dólares e prevê a fabricação de um lote inicial de 120 aeronaves, que deverão começar a ser entregues na metade dos anos de 2020 para substituir os já veteraníssimos caças de origem americana F-4 Phantom e F-5E Tiger.

O túnel de vento permitirá identificar as forças aerodinâmicas que agem sobre o objeto definido nos desenhos de prancheta (ou feitos em computador). Estima-se que serão necessárias 13.000 horas de trabalho no túnel, para que os técnicos cheguem às suas conclusões com um grau razoável de segurança.

Potência – O KF-X é visto como um componente vital do plano sul-coreano de converter o país em uma verdadeira potência militar – planejamento que inclui a capacidade de construir submarinos diesel-elétricos de ataque e mísseis terra-terra e terra-ar.

Em maio passado, o governo sul-coreano solicitou à companhia americana General Electric a pesquisa de um tipo de motor que atenda os requisitos do projeto KF-X. Um mês antes, a empresa Hanwha Thales já havia sido escolhida como parceira da KAI para desenvolver um radar do tipo active electronically scanned array (AESA).


Concepção artística do cockpit da aeronave sul-coreana

O governo sul-coreano também aprovou a compra de 25 tecnologias do grupo americano Lockheed Martin. Em troca, prometeu (ainda em 2014) comprar 40 caças F-35 Lightning II.

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