Porta-voz do Kremlin anunciou recebimento de mensagem da Turquia, no qual país expressa prontidão para resolver a situação sobre a derrubada de avião de guerra russo. Crise política entre países se arrasta desde o incidente em 25 de novembro.
Em mensagem, líder turco também prestou condolências à família do piloto russo morto Foto:Reuters
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu desculpas ao presidente russo, Vladímir Pútin, pela morte do piloto do avião russo abatido, informou a jornalistas nesta segunda-feira (27) o porta-voz do Kremlin, Dmítri Peskov. Ancara já havia enviado uma carta protocolar por ocasião do Dia da Rússia, no último dia 12.
A nova mensagem, segundo a assessoria de imprensa do governo, ressalta que a Rússia é um país amigo e parceiro estratégico da Turquia com o qual as autoridades turcas não querem atrapalhar as relações. “Nós nunca tivemos um plano deliberado para abater um avião russo”, teria escrito Erdogan.
“O presidente russo, Vladímir Pútin, recebeu uma mensagem do presidente da Turquia, [Recep Tayyip] Erdogan, onde o líder turco manifesta a disponibilidade para resolver a situação acerca da derrubada do avião de guerra russo”, declarou Peskov.
“Assumindo os riscos e com grande esforço, recuperamos o corpo do piloto russo da oposição síria para levá-lo à Turquia”, lê-se na mensagem. “Os procedimentos para o funeral foram conduzidos em conformidade com os preceitos religiosos e militares.”
Erdogan teria oferecido ainda suas condolências à família do piloto russo morto. “Eu estou dizendo, ‘Eu sinto muito’. (...) Consideramos a família do piloto russo como uma família turca. Estamos dispostos a qualquer iniciativa para aliviar a dor e a gravidade da danos causados por nós”, continua a mensagem.
Segundo o presidente turco, um cidadão nacional suspeito de cumplicidade na morte do piloto do bombardeiro Sukhoi-24 russo está sob investigação.
As relações entre os dois países começaram se deterioraram acentuadamente depois de um avião de combate F-16 turco abater um bombardeiro Su-24 russo na fronteira turco-síria, em novembro de 2015. O piloto russo Oleg Pechkov, que havia conseguido se ejetar do avião, foi morto por militantes já no chão.
O governo de Ancara alegou na época que o avião russo teria violado o espaço aéreo turco perto da fronteira, enquanto o Ministério da Defesa russo garantiu que o bombardeio estava voando sobre o território sírio.
Com material da agência de notícias Tass
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