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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

'Nova superarma russa pode alterar ligeiramente correlação de forças'

Lançamento de míssil balístico RS-18 Stiletto a partir de cosmódromo Baikonur (foto de arquivo)
Rússia está desenvolvendo mísseis nucleares hipersônicos que permitirão a Moscou mudar a correlação de forças a favor da Rússia, informa a publicação dinamarquesa Jyllands-Posten.

Antes, o diretor da corporação Armamento Tático de Mísseis, Boris Obnosov, disse que a Rússia receberá esta novíssima arma já até 2020. Segundo ele, a velocidade dos mísseis hipersônicos será 12 vezes superior à velocidade de som, cerca de 15 mil quilômetros por hora. 

O chefe do departamento de operações aéreas da Academia Militar da Dinamarca, Karsten Marrup, disse que os mísseis hipersônicos ameaçarão o sistema existente de defesa antimíssil. "Com ajuda de mísseis hipersônicos é possível atacar de forma muito rápida qualquer alvo em qualquer local do globo, eles são tão rápidos que quem está habitualmente preparado para se proteger de ataques com mísseis não conseguirá fazer nada", disse Marrup à publicação dinamarquesa.

Essa velocidade extrema será um problema real para o sistema de defesa antimíssil dos EUA, que é considerado um dos mais desenvolvidos do mundo, notou Marrup. "Como todos sabem, agora a defesa antimíssil norte-americana se destina a combater mísseis balísticos intercontinentais e por isso não estou seguro que ela consiga se opor a um míssil hipersônico que se move com uma velocidade absolutamente diferente", declarou o especialista. 

Por seu turno, os EUA planejam responder aos recentes desenvolvimentos avançados da Rússia com o primeiro bombardeiro hipersônico que conseguirá atingir qualquer ponto do planeta em somente 30 minutos. Sem a tecnologia hipersônica isso levaria 18 horas, disse Marrup. Na sua opinião, as novas tecnologias exigem mais dos líderes mundiais. "Todos nós sabemos que é impossível escrever e-mails quando se está com raiva. 

Assim, não é possível ameaçar com armas hipersônicas, porque não haverá tempo para mudar de opinião", disse. Ele considera que este momento pode ser crítico nas relações entre as duas superpotências. Se a Rússia for a primeira em desenvolvimento de mísseis hipersônicos, a correlação de forças será alterada a favor dos russos, concluiu.

Sputnik

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