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terça-feira, 20 de setembro de 2016

FICR esclarece número de vítimas no comboio humanitário atacado em Aleppo

Bairros leste da cidade de Aleppo, Síria, 2016 (foto de arquivo)
A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICR) está esclarecendo se há vítimas e seus possíveis números entre os membros da equipe da ONU e do Crescente Vermelho Árabe no comboio humanitário atacado quando prestava ajuda na cidade síria de Aleppo, segundo o porta-voz da organização.

Na segunda-feira, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários declarou que o comboio humanitário havia cruzado a linha de conflito na área de Aleppo. No final do dia, funcionários da ONU afirmaram que o comboio tinha sido bombardeado e que havia vítimas mortais. "Nós ainda estamos a esclarecer a situação com a nossa equipa no terreno. Esta manhã nós emitiremos um comunicado, uma vez que temos informações adicionais ", disse Benoit Matsha-Carpentier, comentando o número de vítimas no ataque. Anteriormente o Departamento de Estado dos Estados Unidos expressou indignação pelo ataque contra um comboio humanitário perto de Aleppo, na Síria. 


Segundo o comunicado do Departamento de Estado, o comboio estava seguindo a rota conhecida pelas autoridades síria e russas. "Os Estados Unidos estão indignados com os relatos de que um comboio de ajuda humanitária foi bombardeado perto de Aleppo hoje <…> A rota deste comboio era conhecida pelo regime sírio e pela Federação Russa e, no entanto, os trabalhadores humanitários foram mortos na sua tentativa de prestar socorro às pessoas sírias <…> os EUA vão levantar esta questão diretamente perante a Rússia. Juntamente com a violação flagrante do regime de cessar-fogo, vamos reavaliar as perspectivas futuras de cooperação com a Rússia", declarou o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, John Kirby, à mídia.

De acordo com relatos anteriores da mídia, o comboio humanitário do Crescente Vermelho e da ONU foi alvo, ao entregar a ajuda em Aleppo, de ataques aéreos e de fogo de morteiros.

A coluna humanitária fora enviada no início do dia para entregar ajuda às províncias em guerra de Aleppo e Homs, onde permanecem mais de 160.000 pessoas. Apesar do acordo alcançado pelos EUA e a Rússia em 9 de setembro, o frágil regime de cessar-fogo em todo o país, que esteve em vigor desde 12 de Setembro, tem sido marcado por numerosos episódios de hostilidade.

Ministério da Defesa da Rússia: nem aviões russos, nem sírios atacaram comboio humanitário

Ministério da Defesa da Rússia: nem aviões russos, nem sírios atacaram o comboio com ajuda humanitária em Aleppo.

Nem aviões russos, nem sírios, atacaram o comboio de ajuda humanitária da ONU perto da cidade de Aleppo, disse na terça-feira (20) o porta-voz do Ministério da Defesa russo major-general Igor Konashenkov. "Nenhuns ataques aéreos foram realizados contra o comboio de ajuda humanitária no subúrbio a sudoeste de Aleppo pela aviação russa ou síria. Tendo em vista que o itinerário do comboio passava através de territórios controlados por militantes, o centro de reconciliação russo monitorou ontem sua passagem com drones", relatou Konashenkov. De acordo com o general, o monitoramento terminou quando toda a ajuda humanitária foi entregue cerca das 10:40 GMT.

"O restante movimento do comboio não foi monitorado pela parte russa. Apenas os militantes que controlam essa área sabem os detalhes sobre a localização do comboio", acrescentou Konashenkov. Exames das imagens de vídeo não revelam sinais de ataque contra o comboio, disse ele. A ONU afirma que é prematuro identificar o responsável pelo ataque.

"Temos estudado cuidadosamente os vídeos do local filmados pelos ativistas e não encontramos sinais de qualquer ataque com munições de artilharia contra o comboio. Não há buracos de projeteis, as carrocerias dos carros não estão danificadas e não há nada destruído por ondas de choque. Tudo o que se vê no vídeo é a consequência de incêndio da carga. O fogo estranhamente coincidiu com uma grande ofensiva dos militantes em Aleppo". Na segunda-feira (19), o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários declarou que o comboio humanitário havia cruzado a linha de conflito na área de Aleppo. No final do dia, funcionários da ONU afirmaram que o comboio tinha sido bombardeado e que havia vítimas mortais.

SPUTNIK

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