A eleição presidencial de 2015 nos EUA está decidida. Hillary Clinton não vencerá. Ela sabe que não vencerá (vejam aí – e podem desligar o som. O que Hillary diz sempre é irrelevante).
Clinton falou ["Por que não estou 50 pontos à frente?!] numa vídeo conferência do Sindicato Internacional dos Trabalhadores da América do Norte. Está furiosa com tudo à volta. Absolutamente não compreende por que (outra vez) fracassou.
Todas as pesquisas estão-se movendo contra ela. "Mas Trump é mentiroso!"
Claro que é. Todos sabemos que ele mente. É um vendedor buscando ganhar o freguês. É esperável e esperado que Trump minta e exagere. Nem ele se esforça para esconder que mente. É mentiroso sincero, autêntico na própria mentira.
Por isso ainda é – para muita gente – homem de quem se pode gostar e em quem, no fundo, pode-se basicamente confiar.
Hillary Clinton é política-profissional: vive de mentir que não mente. Mas o currículo de sua vida pública é conhecido. Todos sabem que ela mente e só mente, e sempre mente. Não é autêntica. Não inspira confiança. Sequer inspira simpatia. Basta vê-la em ação, furiosa, na terrível perfomance midiática acima.
Será que Hillary acredita que spots de campanha eleitoral com Michael Hayden, Max Boot e outros neoconservadores fracassados lhe renderão algum voto?
Hillary já perdeu os jovens. Hillary já perdeu os militares os quais são muito, muito menos intervencionistas que os políticos. Nenhuma real esquerda não intervencionista jamais votará nela. O movimento dela para a direita, sem nenhuma palavra de crítica contra o Partido Republicano, ainda ajudará os Republicanos a obter mais assentos com voto no Congresso, do que sem Hillary:
"Pelo final do mês de maio, o plano para "desagregar" Trump, como foi descrito em longo e-mail, continuava a ser fonte de frustração para [Lin-Manuel] Miranda, intermediário da campanha para trazer recados do Comitê Nacional Democrata. No mesmo e-mail, que trazia como Assunto "Problema com HFA [Hillary For America]," ele argumenta que o mote da campanha – que "Trump é muito pior que Republicanos normais" – dará a candidatos Republicanos sem votos uma 'saída' e porá em possível desvantagem todos os Democratas que não se chamem "Clinton". ("Poderia ser boa estratégia SÓ para Clinton", escreveu Miranda.) Ainda pior, acrescentou ele, a estratégia põe o partido "em desacordo" com sua própria mensagem contra o Republicanismo."
Eis um (bem merecido) desastre para o partido dela!
Há alguma chance de último momento de que os Democratas ainda vençam. Se imediatamente aposentarem Clinton por recomendação médica. Convocam Sanders e oferecem a vice-presidência a Tulsi Gabbard. É isso, ou não tenho dúvidas de que Trump será eleito.
O que acontecerá depois?
Ninguém sabe. Eleger Trump é lançar o dardo às cegas, com resultados imprevisíveis. Mas ainda me sinto melhor nessa situação, do que com outro(a) Clinton na Casa Branca.
Blog do Alok
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