Por Roberto Lopes
De acordo com o jornal Hindustan Times – segundo maior diário indiano no idioma inglês (1,8 milhão de exemplares) – não há mais o que barganhar.
E ainda nesta segunda-feira (12.09) o Comitê de Segurança do Gabinete do Primeiro-Ministro indiano Narendra Modi aprovará a compra de 36 caças multifunção Dassault Rafale.
A negociação chega ao fim 16 meses depois de o próprio Modi ter anunciado que resolvera fazer a importação das aeronaves.
Nesse intervalo, o preço original pedido pelos franceses, de 11,6 bilhões de Euros, despencou inicialmente para 8,8 bilhões, indo, por fim, parar nos 7,8 bilhões.
E a Dassault ainda precisou se contentar com uma venda de 36 unidades, quando a sua meta original era fornecer 126 aeronaves.
O Presidente francês François Hollande (à esq.) abraça o Primeiro-Ministro indiano Modi: o entendimento pessoal entre os dois foi vital para que a exportação dos Rafales chegasse a bom termo
Su-30 MKI – Representantes da Dassault Aviation e das empresas Thales e MBDA estão em Nova Déli, para acompanhar a concretização do negócio. A dívida dos indianos será corrigida a uma taxa anual de 3,5%.
Os franceses se comprometeram a investir na Índia – e especialmente na area de ciência e tecnologia desse cliente – um valor equivalente à metade do que pagarão pelas aeronaves. Os chefes militares indianos esperam que a indústria aeronáutica seja uma das áreas beneficiadas por essa modernização.
Os primeiros Rafales deverão pousar em território indiano dentro de dois anos.
Eles chegarão equipados com um radar AESA que permite o acompanhamento de múltiplos alvos além do horizonte e interface que os torna aptos a operar a maior parte dos mísseis ar-ar e ar-terra disponíveis no mercado, bem como armamentos dotados de ogivas nucleares.
Juntamente com os caças Su-30 MKI eles vão formar a primeira linha da Defesa Aérea indiana.
Plano Brasil
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