Por que Rússia deixou de permitir entrada de poloneses no país?

A Embaixada da Polônia em Moscou enviou uma nota às autoridades russas dizendo que os guardas de fronteira russos não deixam os poloneses entrar no país através da fronteira bielorrussa.

A emissora de rádio polonesa RMF FM informou que os guardas de fronteira alegadamente não deixam passar os estrangeiros que viajam de carro através de postos de controle na fronteira entre a Rússia e Bielorrússia. 


Segundo os dados da emissora, a embaixada polonesa reagiu à situação depois de um funcionário da missão diplomática, que regressava de férias em um carro registrado na Polônia, não conseguiu passar no posto de controle na vila de Krasnaya Gorka, na Bielorrússia.

A mídia polonesa afirmou que poloneses, tchecos e lituanos que viajam para a Rússia através de Bielorrússia agora têm de entrar no país através da Letônia. Foi também divulgado que o cônsul polonês visitou a fronteira e depois enviou um relatório a Varsóvia. Entretanto, um funcionário do serviço fronteiriço do Serviço de Segurança Federal (FSB) disse à Sputnik Bielorrússia que o posto de controle em Krasnaya Gorka se destina para entrada na Rússia somente de cidadãos bielorrussos. "Agora se aplicam as normas do acordo bilateral que levaram a tal situação. O posto de controle fronteiriço em Krasnaya Gorka se destina apenas à entrada na Rússia dos cidadãos da Bielorrússia", afirmou a fonte.

O acordo mencionado é o acordo bilateral entre a Rússia e a Polônia de 18 de setembro de 2003. Segundo o acordo, os cidadãos dos dois países podem passar somente através de dois postos de controle internacionais abertos. Entretanto, o posto de controle em Krasnaya Gorka está aberto somente para os bielorrussos e não é um posto de controle internacional.

Há que notar que desde 4 de julho a Polônia cancelou o funcionamento do acordo sobre movimento transfronteiriço com a região de Kaliningrado da Rússia. Em resposta, a Rússia também suspendeu o seu funcionamento. Em 4 de agosto se tornou público que a Polônia não tenciona retomar o funcionamento do acordo.

Sputnik