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sábado, 17 de setembro de 2016

Rússia: Casa Branca está 'defendendo terroristas do Daesh'.Moscou convoca reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU

Casa Branca à noite
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que a situação na Síria está piorando, dadas as constatações de que os rebeldes intensificaram seus ataques desde o início do cessar-fogo, em 12 de setembro, e de que Washington não consegue atacar os jihadistas.

"Se antes tínhamos suspeitas de que a Frente al-Nusra é protegida desta maneira, agora, depois dos ataques aéreos de hoje contra o exército sírio chegamos a uma conclusão realmente aterrorizante para o mundo inteiro: a Casa Branca está defendendo o EI [Estado Islâmico ou Daesh)", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russa, Maria Zakharova, em transmissão pelo canal de televisão Rossiya 24.



A declaração é uma resposta contundente à administração Obama após um comunicado do Comando Central dos EUA sugerindo que a coalizão liderada pelos Estados Unidos tinha avisado a Rússia antes de lançar os ataques aéreos contra posições do Exército sírio em Deir Ez-Zor neste sábado. Os bombardeios mataram cerca de 80 soldados do governo sírio.

A chancelaria russa tem acusado os EUA de não lidar de boa fé no marco do acordo de cessar-fogo acordado em Genebra para a resolução política do conflito sírio. O general russo Vladimir Savchenko disse que "a situação está piorando", com as forças rebeldes aumentando o número de ataques desde que o acordo entrou em vigor, em 12 de setembro  "A Rússia está exercendo todos os esforços possíveis para evitar que as tropas do governo [sírio] contra-ataquem", disse o general sênior do exército russo Viktor Poznikhir.  A resposta dura por parte da Rússia foi suscitada não apenas porque os Estados Unidos tentaram jogar a culpa em Moscou pelo ataque que matou 80 soldados sírios de acordo com a agência de notícias SANA, mas também devido a relatos de que os terroristas do Daesh iniciaram uma grande ofensiva contra as tropas sírias após o ataque aéreo norte-americano ter aleijado as tropas de Assad.

Sputnik

Moscou convoca reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU
Integrantes do Conselho de Segurança da ONU

A Rússia convocou uma sessão de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas para tratar dos ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA contra o Exército sírio neste sábado, que, segundo Moscou, vão enfraquecer o histórico acordo de cessar-fogo que entrou em vigor no início desta semana.

Os EUA disseram que, inadvertidamente, bombardearam as forças do governo sírio quando pensavam estar alvejando posições do Daesh (autodenominado Estado Islâmico), mas afirmaram que haviam alertado a Rússia a respeito da operação, em uma declaração do Comando Central dos EUA.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia, por sua vez, disse que os EUA e a coalizão não forneceram qualquer aviso prévio a Moscou antes do ataque a Deir Ez-Zor. O bombardeio, realizado por dois caças F-16 e dois aviões de ataque A-10, deixaram 80 soldados sírios mortos.  O Ministério das Relações Exteriores sírio fez eco a Moscou na convocação de uma reunião emergencial para que o Conselho de Segurança possa condenar oficialmente os ataques aéreos da coalizão contra as posições do exército sírio.

A Síria tem sustentado há tempos que os ataques aéreos liderados pelos norte-americanos no espaço aéreo do país são ilegais porque o governo Assad nunca convidou Washington a intervir. 

Os ataques acontecem apenas cinco dias após o incício do cessar-fogo mediado pela Rússia e pelos EUA. Em comunicado, Moscou disse que os EUA eram responsáveis pelo colapso iminente do acordo.  Em todo caso, segundo afirmou a chancelaria russa, o fato de as forças dos EUA não conseguirem mirar apropriadamente em seus alvos destaca a necessidade do acordo de cessar-fogo, que apela para que os EUA e a Rússia coordenem enfim os seus ataques. Sessão marcada A missão da Nova Zelândia, que está na presidência do Conselho de Segurança da Onu durante o mês de setembro, anunciou que a reunião convocada pela Rússia será realizada às 19h30 no horário de Nova York (20h30 no horário de Brasília). As consultas serão realizadas a portas fechadas.

Sputnik

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