A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado discutiu por mais de quatro horas em audiência nesta segunda-feira (31) as consequências da PEC do Teto dos Gastos na educação. Todos expositores afirmaram que a PEC vai impedir a execução do Plano Nacional de Educação (PNE).
Já os parlamentares apostam na mobilização popular como única maneira de impedir a aprovação da proposta.
A audiência que reuniu representantes dos estudantes, professores e de instituições de ensino, para falar sobre a PEC que limita os gastos públicos por 20 anos, faz parte do ciclo te debates sobre a Proposta, que tem como objetivo reduzir os gastos do governo federal nas políticas educacionais e sociais. Responsável por pedir o encontro, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), destacou que a PEC 241 só beneficia os ricos, pois a proposta não coloca teto para o patamar de juros e nem taxa as grandes fortunas.
Segundo Fátima Bezerra, a PEC vaio para enterrar de vez qualquer esperança de uma educação pública, gratuita, laica e inclusiva para tudo e para todos. "Teto para a dívida pública, privilegiando o andar de cima, privilegiando mais ainda os banqueiros, nem pensar, não existe! Agora, para os gastos sociais, tome teto! Com reflexos dramáticos para as áreas sociais." O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Carlos Frederico Rocha, chamou atenção para o pouco investimento na educação e na saúde em relação as normas mundiais.
Segundo o professor, o Brasil investe em saúde menos do que 4% do PIB, enquanto que a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de no mínimo 6%. Em relação a educação, Carlos Frederico Rocha também ressalta o percentual de 5% do PIB em educação, número semelhante ao de países desenvolvidos. Porém, Rocha lembrou que o PIB Brasileiro é muito menor do que o desses países e, se mesmo se houver crescimento, os investimentos estarão bloqueados pela PEC. "Se houver crescimento, na verdade, boa parte da população brasileira não usufruirá do crescimento do Brasil. É isso que está sendo dito." Já a estudante secundarista Ana Júlia Pires Ribeiro, de 16 anos, do colégio estadual Senador Manoel Alencar Guimarães de Curitiba, ocupado desde o último dia 14 pelos estudantes, representou o movimento de ocupação de escolas públicas.
Na semana passada, a jovem viralizou nas redes sociais, após um discurso na Assembleia Legislativa do Paraná, onde disse que as mãos dos deputados estaduais do Paraná estavam sujas com o sangue do estudante Lucas Mota, morto dentro de uma escola ocupada pelo movimento estudantil. Ana Júlia, na ocasião, foi comparada por usuários das redes sociais com Malala Yousafzai, a ativista paquistanesa mais jovem a ganhar um Nobel da Paz pela sua defesa à educação de meninas no Paquistão. Na audiência desta segunda-feira (31), no Senado, Ana Júlia voltou a dizer que os estudantes estão ocupando as escolas em prol de garantias de uma educação de qualidade. "Nós estamos lá lutando por uma educação pública de qualidade, e estamos lá na paz, conversando, priorizando o diálogo aberto.
Eu acredito na educação pública, eu acredito no futuro do Brasil e vamos continuar lutando da mesma maneira: pacificamente." A estudante, que virou atração no Senado, ainda ressaltou não saber porque seu discurso na Assembleia Legislativa do Paraná teve tanta repercussão, porque o que ela disse se trata de algo básico para a educação pública. Ana Júlia aproveitou para defender no encontro a conversão em lei da Medida Provisória 746, que reforma o ensino médio, e criticou a repressão violenta de movimentos contrários. "Sem sombra de dúvida somos contra essa repressão agressiva.
Nós defendemos o direito que eles têm de serem contrários. Nós vivemos numa democracia e sabemos que é importante ter os dois lados. Mas a repressão violenta nós abominamos e vamos continuar abominando. Porque nós estamos lá pacificamente, lutando por uma educação pública de qualidade, na paz, conversando, priorizando o diálogo aberto." Em apoio ao movimento dos estudantes, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) pediu a ajuda da sociedade para parar o Brasil, afim de barrar a PEC do Teto de Gastos. "Se os senhores esperarem aqui do Senado Federal, apenas, que a gente consiga vencer essa batalha, nós vamos lutar muito, mas só tem um jeito de virar voto aqui: é com pressão popular, é vocês parando esse país. Senão, não tem jeito, eu digo aqui de alto e bom som. Então, vocês estão vindo aqui, mas a gente está pedindo a vocês ajuda nas mobilizações. Vamos parar o país para derrotar essa PEC."
O representante do Sindicato Nacional dos Docentes e das Instituições de Ensino Superior, Alexandre Carvalho criticou que o país deveria discutir melhorias para a educação e não a sua restrição. "Eu gostaria de, em vez de estar aqui discutindo a PEC do Fim do Mundo, estar aqui discutindo medidas que visassem garantir a aplicação do percentual de 10% do PIB para a educação pública já." Conforme projeção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos) caso o texto da PEC seja promulgado, ocorrerão perdas futuras para a saúde em torno de R$ 161 bilhões, e de R$ 58 bilhões para a educação e de menos R$ 125 bilhões a ser aplicados na área da assistência social, nos anos de 2017 a 2025. Apesar de ter sido convidado, o Ministério da Educação não enviou representantes para participar da audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado.
Sputnik
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
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PEC de Teto dos Gastos é alvo de críticas em Comissão do Senado
PEC de Teto dos Gastos é alvo de críticas em Comissão do Senado
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Como lemos no Brasil247, Ana Júlia, a adolescente filha de um petista – e que tentou enganar muita gente encenando o papel de “apartidária” – agora foi ao Congresso.
ResponderExcluirLá esteve a convite de senadores da extrema-esquerda, como Gleisi Hoffmann. Ana Júlia foi levada para emitir narrativas em prol do saqueamento estatal, ou seja, da ausência de um teto de gastos.
Ela repetiu seu truque utilizado na Assembléia Legislativa do Paraná: transferir suas responsabilidades aos outros e dizer que os oponentes estão com “as mãos sujas” de qualquer coisa. Pode ser sangue ou qualquer outra substância. Ela bradou: “Em relação à PEC 55, a antiga PEC 241, eu quero dizer uma coisa: aqueles que votarem contra a educação estarão com as mãos sujas por 20 anos”.
Em seguida, expeliu a típica ameacinha da extrema-esquerda: “Nós vamos desenvolver métodos de desobediência civil, nós vamos levar a luta estudantil para frente, nós vamos mostrar que não estamos aqui de brincadeira, e que o Brasil vai ser um país de todos”.
Em suma, ela propõe – mas é puro blefe, claro – desobediência civil para tentar entregar aos totalitários um cartão de crédito sem limites. Ana Júlia não quer essa ausência limite para prover gastos em educação ou saúde, mas para facilitar a corrupção, a contratação de comissionados, a liberação de verbas para “coletivos” e o envio de grana para ditaduras sanguinárias. Em resumo: gastar com monstruosidades.
Ana Júlia está do lado da escória derrotada nas eleições. Mesmo assim, ainda seguem nutrindo o desejo de ver o Brasil devastado e saqueado. Pessoas como Ana Júlia anseiam pelo sofrimento do povo. Sem um teto de gastos, é mais fácil esmagar um povo, assim como já ocorre na Venezuela.
Ana Júlia tirou uma foto ao lado de Gleisi, cujo marido está envolvido em um escândalo de corrupção que surrupiou dinheiro de aposentados. Aqueles que destroem intencionalmente a vida de aposentados não iriam querer destino diferente para todos os brasileiros.
O chorinho da adolescente petista é composto de lágrimas de crocodilo. Mas isso também é parte de seu jogo. Muito provavelmente é parte do jogo de seu pai, bem como de Gleisi.
Seu principal truque é dizer que os outros possuem “mãos sujas”. Faz isso para esconder que nenhum outro grupo sujou suas mãos do que a extrema-esquerda – que ela representa – na história recente do brasil.
As intenções de Ana Júlia e da extrema-esquerda são sádicas. Se esfregarmos essa realidade na cara deles, o showzinho de Ana Júlia e Gleisi perde efeito.
Ana Júlia não é é “ignorante quanto a PEC 241”. É dissimulada e perversa. Ela sofre por ver que por 20 anos ficaria difícil para um governo de sádicos gastar mais do que se arrecada.
Ana Júlia sofre diante da possibilidade de diminuirmos o sofrimento do povo.
Ela sabe que tem as mãos sujas.
http://www.ceticismopolitico.com/as-maos-sujas-de-ana-julia-ou-o-repertorio-limitado-de-uma-adolescente-sadica/
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQ texto do amigo anonimo é d pura direita... o certo é esperar o tempo mostrar se essa pec é positiva ou negativa. Mas vindo d um presidente maçon marionete da cia eua imperio do caos é bem provavel q seja ruim para a naçao.
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