PMDB e PSDB planejam reação contra Ministério Público
Políticos devem pressionar Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF
As cúpulas do PMDB e do PSDB planejam reação contra o Ministério Público Federal por conta do mais recente vazamento de delações de executivos da Odebrecht, especialmente a de Cláudio Mello.
Por ora, a reação geral dos citados é dizer que todos os recursos foram recebidos legalmente e negar irregularidades.
Nos bastidores, porém, a avaliação de caciques peemedebistas e tucanos é que esses vazamentos foram uma reação do Ministério Público Federal em retaliação ao acordo entre Senado, STF e Palácio do Planalto para manter o senador Renan Calheiros no comando do Congresso Nacional. O Ministério Público foi um dos perdedores nesse acordão.
Articula-se no PSDB e no PMDB uma pressão sobre o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. Apesar de assinadas pelos executivos da empreiteira no acordo com o Ministério Público, as delações da Odebrecht ainda precisam ser homologadas por Teori.
O vazamento causa enorme dano aos dois principais partidos de apoio ao governo Temer, PMDB e PSDB. O PT e outras legendas também sofrem, mas os petistas já pagaram o preço da perda do poder. E o ex-presidente Lula sofre um cerco jurídico e político das operações Lava Jato, Janus e Zelotes.
Ou seja, perde mais quem está no comando do país agora — peemedebistas, tucanos e cia. A delação de Cláudio Mello, vazada na íntegra, causa dano aos principais políticos do PMDB.
O governador Geraldo Alckmin, do PSDB, também sofreu desgaste com novos detalhes de executivos da Odebrecht. Alckmin se junta ao senador Aécio Neves e ao ministro José Serra (Relações Exteriores) nas citações da Lava Jato.
A classe política está assustada e acuada, mas planeja uma reação antes que Teori homologue as delações da Odebrecht.
Um importante peemedebista diz que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deveria ser coerente. Se desistiu da delação de Leo Pinheiro (OAS) por causa de um vazamento detalhado, deveria fazer o mesmo agora.
Em resumo, virá alguma resposta da classe política.
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Vingança da Odebrecht? Sim. Quando Moro prendeu há mais de ano o Marcelo Odebrecht e o interrogou, Moro queria saber apenas de Lula e do PT. Seletivo e parcial, recebeu o troco que mostra a podridão na política brasileira que, em muitos casos, a mídia conservadora e partidarizada blinda para inocentar o MPF Dallagnólico, a PF aecista e a Justiça que a Univesidade de Heidelberg recepcionou com entusiasmo.
Como a Odebrecht costurou este acordo a partir dos EUA e da Suíça, não foi possível o Janot e o Moro brecá-lo. Acabou o Governo Temer. Eleições diretas já independente do que estabelece a Constituição (direta se renunciar ainda em 2016 ou indireta a partir de janeiro). com a podridão que exala o Congresso canalha, a eleição indireta é inadmissível.
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