A morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavaski, relator do processo da operação Lava Jato, nesta quinta-feira (19), expõe uma série de evidências e comprova a máxima de que “o Brasil não é para amadores”.
Foto: Agência Brasil
Morte do relator da Lava Jato gera especulação
Quem não se lembra do vazamento de uma conversa ocorrida entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) – em maio de 2016 – que sugeria ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que uma “mudança” no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” e deter o avanço representado pela Lava Jato?
Este pacto culminou no afastamento de uma presidenta eleita democraticamente por mais de 54 milhões de brasileiros em maio do ano passado, sem que houvesse comprovação de crime de responsabilidade, em um dos mais ruidosos processos que tramitaram n`o Congresso Nacional com aval da Suprema Corte.
Na gravação, Jucá anunciava que havia envolvimento neste pacto até de ministros do Supremo, no entanto, em sua fala o senador falou sobre a dificuldade de envolver justamente um ministro, o próprio Teori Zavascki, morto nesta quinta-feira (19), em acidente aéreo.
Tem “poucos caras ali [no STF]” ao quais não tem acesso e um deles seria o ministro Teori Zavascki, disse Jucá, na época. E acrescentava que Teori seria “um cara fechado”, “nomeado pela presidenta Dilma” e “um burocrata”, “ex-ministro do Supremo Tribunal de Justiça”, comentou Jucá nas gravações.
Processos prejudicados
Com a morte do ministro Teori Zavascki não só os processos da Lava Jato estariam prejudicados, mas todos os outros inquéritos que se encontravam em suas mãos.
Com a morte do ministro Teori Zavascki não só os processos da Lava Jato estariam prejudicados, mas todos os outros inquéritos que se encontravam em suas mãos.
A chamada “delação do fim do mundo” que revela o envolvimento de centenas de políticos e até de ministros do STF havia sido comentada poucas horas antes da informação da morte do ministro, nesta quinta-feira (19), pelo presidente Michel Temer, que mesmo denunciado no âmbito da Lava Jato externou opinião sobre as delações de executivos da Odebrecht. Segundo publicações da imprensa brasileira – que não faz nenhum juízo sobre o assunto – Temer teria dito que não tem a intenção de afastar preventivamente ministros que venham a ser citados.
Ministros entre os investigados
Segundo o próprio Teori, as denúncias seriam divulgadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro. Os relatos de 77 delatores ligados à Odebrecht estavam causando grande apreensão na classe política, já que eles devem ser diretamente atingidos pelas investigações. Os investigadores esperavam que o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, retirasse o sigilo da maioria dos cerca de 900 depoimentos quando as delações fossem homologadas. Mas agora, com a morte do ministro, não se sabe o futuro das investigações e o quanto será prejudicado o julgamento. O fato é que a indicação de seu sucessor deverá partir do próprio Michel Temer.
Segundo o próprio Teori, as denúncias seriam divulgadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro. Os relatos de 77 delatores ligados à Odebrecht estavam causando grande apreensão na classe política, já que eles devem ser diretamente atingidos pelas investigações. Os investigadores esperavam que o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, retirasse o sigilo da maioria dos cerca de 900 depoimentos quando as delações fossem homologadas. Mas agora, com a morte do ministro, não se sabe o futuro das investigações e o quanto será prejudicado o julgamento. O fato é que a indicação de seu sucessor deverá partir do próprio Michel Temer.
O cenário ainda é de muitas especulações, mas o que se sabe ao certo é que numa ocorrência trágica como esta, todas as hipóteses de investigação não podem ser descartadas. Todas as circunstâncias envolvendo a decisão sobre a viagem, a escolha da empresa e da aeronave, como as cautelas na segurança pessoal do ministro, a situação do aparelho e da tripulação precisam ser bem averiguadas.
Em todo caso, é no mínimo improvável que um ministro do STF, ainda mais com a seriedade de Zavascki, com os graves casos que estavam sob sua relatoria, viaje e se desloque sem rígidas medidas de segurança.
Vale lembrar que em meados de maio do ano passado, o próprio ministro Teori Zavascki havia admitido a existência de ameaças à sua família, conforme mensagem postada por seu filho no Facebook. “É obvio que há movimentos dos mais variados tipos para frear a Lava Jato. Penso que é até infantil imaginar que não há, isto é que criminosos do pior tipo (conforme o MPF afirma), simplesmente resolveram se submeter à lei. Acredito que a lei e as instituições vão vencer, porém, alerto: se algo acontecer com alguém da minha família, você já sabem onde procurar…! Fica o recado!”.
Na época, o ministro minimizou a ocorrência com um comentário em uma palestra que realizou: “Não tenho recebido nada sério”.
Portal Vermelho, Eliz Brandão
As circunstâncias da queda do avião de Teori Zavascki, que acabou matando a ele próprio e mais quatro pessoas, são suspeitas por si só. Alguns, querendo bancar os "racionais", dizem que é tudo teoria conspiratória, mas isso sim é uma enorme bobagem. Teoria conspiratória é querer acreditar que tudo é mera coincidência.
ResponderExcluirVamos aos fatos:
Teori Zavascki era o ministro que estava com as investigações da Lava-Jato em sua mesa. Grandes nomes da política brasileira, tais como Michel Temer, Renan Calheiros, Gleisi Hoffmann e até a ex-presidente Dilma tinham processos sob sua responsabilidade, e muitos deles estavam travados há um bom tempo.
O ministro chegou ao STF por indicação de Dilma Rousseff, e muita gente tem usado isso - ou o fato de que Teori estava enrolando a Lava-Jato - como evidência de que o PT não deve ter nada a ver com sua morte. Se tem ou não, não sabemos, mas este argumento é em si patético. Celso Daniel, cuja morte até hoje está sem explicação, era do próprio partido. Ele e mais oito ou nove pessoas envolvidas com o PT morreram em cirscuntâncias igualmente suspeitas. Toninho, prefeito de Campinas morto em 2001, também era do PT. Eduardo Campos, que também morreu em uma suspeitosíssima queda de avião, era ex-aliado de Lula e pupilo dos petistas no nordeste, mas morreu pouco tempo depois de se tornar candidato a presidência e concorrente de Dilma.
Várias especulações surgiram sobre a queda do avião de Teori, e tem até gente dizendo que "chovia muito forte" na hora da queda. Tudo besteira. Chove muito forte o tempo todo, e ontem mesmo vários aviões estavam voando por aí durante a chuva. Há muito tempo que as aeronaves são feitas para aguentar o tranco, e mesmo sem visibilidade os pilotos têm outros meios de navegação.
Vale ressaltar, a propósito, que o avião de Teori era um modelo seguro, que toda sua documentação estava em dia e que, para gerar ainda mais dúvidas, não havia caixa preta. Outro detalhe importante é que Teori estava para homologar as delações da Odebrech em breve, e que ele pretendia tirar o sigilo dessas delações, tornando-as acessíveis ao público. Sua morte, mesmo que não sirva para parar tudo, servirá para atrasar tudo de qualquer jeito. Janot já chegou a dizer que o atraso pode chegar a três meses.
Para finalizar com chave de ouro, temos duas informações. No dia 3 de janeiro, a imagem do avião foi acessada 1.885 vezes na Data Base de aviões Beechcraft, como se alguém estivesse observando a aeronave. Observe que não estamos falando que um avião de mesmo modelo foi observado, e sim o mesmo avião, exatamente o que Teori utilizou! Por fim, mas não menos importante, Teori voltou das férias antes da hora, justamente para analisar as delações da Odebrecht e homologá-las.
Sim, há muitos motivos para suspeitar!