Uma equipe de arqueólogos japoneses encontrou a tumba de um escriba real que morreu cerca de 3.000 anos atrás e que foi sepultado na necrópole de Luxor, a capital do antigo Egito.
A tumba do escriba, identificado como Khonsu, dataria do período Raméssida (cerca de 1.200 a.C.), segundo anunciou nesta quinta-feira (2) a Universidade Waseda do Japão. Segundo a instituição, a equipe liderada pelo professor Jiro Kondo descobriu a tumba por acaso.
Os arqueólogos estavam limpando o túmulo de um outro funcionário de destaque do faraó Amenófis III (ou em egípcio antigo, Amenhotep III), quando encontraram um buraco que dava na tumba do escriba. Dentro do recinto, eles encontraram pinturas e frisos dos principais deuses egípcios, bem como do funcionário e de sua esposa venerando as divindades.
"Esta descoberta gera esperanças de que mais tumbas previamente desconhecidas poderiam ser encontradas na área de Luxor", disse a universidade.
A tumba, construída em forma de "T", mede 4,6 metros de comprimento, a partir da entrada para a parede traseira da câmara interior, e tem de 5,5 metros de largura em sua parte transversal.
Além das pinturas dos deuses – entre eles Osíris, Isis e Atum-Ra, a quem reverenciam quatro babuínos na parede norte – os arqueólogos também identificaram hieróglifos que nomeiam Khonsu como "o verdadeiro e reconhecido escriba", disse a universidade disse em seu site.
Na ala transversal do recinto, alguns dos frisos estão destruídos e a maioria dos afrescos não são visíveis. No entanto, as decorações no teto da tumba estão em melhores condições do que os das paredes, informou a equipe japonesa.
A entrada para a câmara interna se encontra obstruída por blocos de pedra, mas os arqueólogos disseram que esperam encontrar mais pinturas dentro dela.
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