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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Sob gritos de "assassino", Temer chega a hospital para prestar condolências a Lula

O presidente Michel Temer chegou ao hospital Sírio-Libanês, na região central de São Paulo, para prestar condolências ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela perda da ex-primeira dama, Marisa Letícia Lula da Silva, que teve morte cerebral declarada nesta quinta-feira (02). Temer veio acompanhado de políticos do PMDB e do PSDB. A comitiva chegou ao hospital às 22h30 e foi embora antes das 23h10.

Junto com o presidente, foram ao local visitar Lula os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Eduardo Braga (PMDB-AM), Edison Lobão (PMDB-MA) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), além do também senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB-MA). O presidente do Senado, Eunício de Oliveira (PMDB-CE) acompanhou o grupo. A comitiva também contou com os ministros Helder Barbalho (PMDB-PA), da Integração Nacional, José Serra (PSDB-SP), das Relações Exteriores, Henrique Meirelles, da economia, e Moreira Franco, que nesta quinta foi elevado ao cargo de ministro da Secretaria Geral da Presidência da República.
A comitiva chegou de van ao Sírio, escoltada por batedores, vindo diretamente do aeroporto, e foi recebida na porta pelo cardiologista Roberto Kalil Filho, médico que cuida do tratamento de Marisa. Diferentemente do que aconteceu com outros políticos que visitaram o ex-presidente Lula nesta quinta, a chegada de Temer foi precedida de uma série de preparativos no hospital, comandados pela segurança da presidência. Grades de proteção foram colocadas na entrada principal para a passagem do presidente e de sua comitiva.
Renata Nogueira/UOL
Comitiva que acompanha o presidente Temer chega em uma van ao hospital Sírio Libanês
Ainda assim, apesar não terem contato físico com os políticos, vários militantes que estão em vigília em frente ao hospital em apoio a Lula e Marisa lançaram gritos de "golpistas", "vagabundos" e "ladrões" ao presidente e ao grupo que o acompanhava. Nenhum deles respondeu. Também não falaram com a imprensa na entrada nem na saída.
Poucos minutos após a chegada da comitiva presidencial, quem também entrou no hospital foi o ex-ministro Patrus Ananias (PT-MG), bastante assediado pelos militantes, que gritavam "dá um abraço no Lula e tira aqueles bandidos de lá". Guilherme Boulos, líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), o ator Sergio Mamberti e o deputado e ex-presidente do Corinthians Andres Sanchez (PT-SP) chegaram quase ao mesmo tempo.
Mais cedo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso visitou Lula para levar suas condolências, em um dos encontros mais repercutidos de hoje.
Marisa Letícia teve a morte cerebral declarada na manhã desta quinta, depois de nove dias internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por conta de um AVC (acidente vascular cerebral) do tipo hemorrágico.
Ao longo do dia, diversos políticos manifestaram seus pêsames por meio de mensagens em redes sociais e notas da assessoria de imprensa. Outros vários senadores, deputados, vereadores e ex-ministros compareceram ao hospital para prestar solidariedade a Lula, quase todos petistas, entre eles Eduardo Suplicy, Aloísio Mercadante, Jorge Viana e Maria do Rosário.
O velório da ex-primeira dama deve acontecer no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, na Grande SP. O horário ainda não foi confirmado.

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