O projeto chinês ficará a apenas 6,4 km da sede do Comando Africano dos EUA, em Camp Lemonnier, onde Washington mantém de 3 a 4 mil soldados.
De acordo com Waldhauser, os EUA esperam ficar cientes das atividades chinesas na nova base, conforme ele próprio já teria expressado ao presidente do Djibuti, Ismail Omar, revelando as preocupações americanas quanto as intenções de Pequim na África.
A preocupação se justifica, segundo o Defense Tech, porque os Estados Unidos utilizam o Camp Lemonnier como base para uma série de operações altamente secretas, entre as quais se destaca, por exemplo, uma missão especial da Marinha realizada no Iêmen no final de janeiro, que resultou na morte de 14 membros da Al-Qaeda, 25 civis e um militar americano.
Tanto os militares chineses quanto os norte-americanos na região deverão tentar abordar a questão dos piratas somalis. Os saqueadores estavam praticamente ausentes do Chifre da África desde 2013, de acordo com dados do Escritório de Inteligência Naval, mas voltaram ao radar nesta semana, invadindo e sequestrando um petroleiro do Sri Lanka.
Empresários chineses estão investindo cerca de US$ 400 milhões no Djibuti para construir um porto comercial e desenvolver uma zona de livre comércio na região. Além de reforçar a presença naval da China no mar Vermelho, no Golfo de Áden e no mar Arábico, a nova base provavelmente servirá também de quartel-general para 2.200 soldados chineses instalados na África como parte de operações de manutenção da paz, como observou o general Waldhauser.
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