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domingo, 23 de abril de 2017

Desemprego cresce. Cadê a Miriam Leitão?

Por Altamiro Borges

No mês passado, o usurpador Michel Temer e seu czar da economia, o sinistro Henrique Meirelles, festejaram os dados sobre a criação de 36 mil empregos com carteira assinada em fevereiro. A mídia chapa-branca, corrompida com as polpudas verbas publicitárias, bateu bumbo. Em manchetes nos jornais e comentários na tevê, ela jurou que o país voltou a crescer. Miriam Leitão, porta-voz oficial da famiglia Marinho, chegou a escrever no jornal O Globo que “os sinais de retomada da economia” já seriam evidentes. Para estragar o propaganda golpista, porém, nesta semana foram divulgados os dados sobre o desemprego em março: houve perda de 64 mil vagas formais. Cadê o risonho Michel Temer? Cadê a ex-urubóloga Miriam Leitão?
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A Folha tucana não escondeu sua frustração com a notícia. “O emprego com carteira assinada decepcionou em março. Após o resultado positivo de fevereiro, a expectativa de uma recuperação mais rápida do mercado de trabalho havia tomado conta do governo e de parte dos analistas econômicos. Em março, porém, os números voltaram ao negativo. Foram eliminados 63.624 postos, o que confirma a perspectiva de que a recuperação do emprego só deve ocorrer após sinais mais claros de retomada da economia. Ao apresentar os números, o ministro Ronaldo Nogueira (Trabalho) tentou dissipar a visível frustração com o resultado negativo”. Mas a encenação do golpista – que falou em “redução da perda de emprego” – não convenceu ninguém.

Como observa a própria Folha, “a análise do resultado de março é bastante negativa. Excluídos os efeitos típicos do mês, o ritmo de destruição de vagas voltou ao patamar de janeiro, ou seja, antes do veranico de fevereiro. A abertura dos números tampouco é animadora. Dos oito setores de atividade econômica monitorados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), em sete houve retração. Só a administração pública exibiu saldo positivo, impulsionada pela contratação de professores para o ano letivo... No setor de serviços, que emprega 44% dos trabalhadores com carteira assinada, a retração no mês foi de 17 mil vagas. No comércio, que responde por outros 23% dos trabalhadores, foram perdidos quase 34 mil postos”.

Queda de investimentos diretos e da arrecadação

Os dados sobre a queda do emprego formal servem para desmascarar o falso otimismo do covil golpista e da mídia venal. Eles também complicam os planos dos abutres financeiros, que vendem ilusões para justificar as medidas de cunho ultraliberal no Brasil. Na quinta-feira passada (20), a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, elogiou a austeridade fiscal do governo ilegítimo, exigiu mais pressa na aprovação das reformas trabalhista e previdenciária e garantiu que “a economia brasileira virou a página e vai avançar no curso de 2017”. Pura bravata para justificar o desmonte do país e o volta agressiva das políticas subservientes ao capital financeiro internacional.

No mesmo dia, a própria revista Forbes, que expressa os interesses da elite burguesa mundial, divulgou um dado que mostra o cinismo e a falsidade dos abutres financeiros. Segundo a reportagem, o Brasil caiu quatro posições no ranking dos países mais atrativos para os investimentos estrangeiros diretos. “O país agora está atrás da Suécia - uma economia que é pelo menos três vezes menor - Holanda e Itália, confrontados com as suas próprias incertezas políticas. O Brasil costumava ser melhor do que ambos”, registrou a Forbes. Ainda de acordo com a matéria, o Brasil caiu 10 pontos ao longo dos últimos dois anos. Em 2016, a economia brasileira sofreu uma contração de mais de 3%. Para 2017, o próprio FMI prevê um magro crescimento de 0,2%. 

Em tempo: Nesta semana, a Receita Federal divulgou os dados sobre a arrecadação de tributos no país. Em mais um sinal do agravamento da crise econômica, a queda em março foi de 2,8% ao relação ao mesmo mês de 2016 em termos reais, retirado o efeito da inflação. No caso dos impostos com forte relação com a atividade industrial e com o consumo, a retração foi ainda mais violenta. O IPI, um dos termômetros da atividade industrial, recuou 8,7% em termos reais. Já o PIS e Cofins, que indicam como anda o consumo, caíram 6,7% e 8,5%, respectivamente. Será que Miriam Leitão, diante de tantos dados negativos, ainda segue com sua visão otimista sobre os rumos econômicos do covil golpista?

altamiroborges

2 comentários:

  1. Passou da hora do brasileiro ter menos filhos. Se na década de 80, 90 tivéssemos uma campanha forte de controle de natalidade hoje seríamos primeiro mundo, sem violência, sem desemprego, sem superpopulação carcerária e por aí vai. O brasileiro não pode querer ser primeiro mundo procriando como terceiro mundista. Melhor ter um monte único filho doutor que três, quatro catando lixo na rua pra sobreviver.

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  2. O pessoal da midia iluminati humana hibrida dna reptiliana costuma distrair o povo da realidade a questao da paralisia economica parece estar associada ao efeito tipico da rejeicao dos entes produtivos em varios setores nao em todos, dispersando os vetores de crescimento que nao sao unissonos. E como o indice de rejeicao das candidaturas um tipo de buling economico.

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