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terça-feira, 30 de maio de 2017

Ártico, Rússia e mais: ações supersecretas do Seawolf americano são descobertas

A escassez de informação sobre o USS Seawolf faz com que este submarino seja o mais secreto da Marinha dos Estados Unidos. David Axe, colunista do The National Interest, acredita que o submarino nuclear estaria medindo forças com os russos.
Submarino Seawolf da Marinha norte-americana, foto de arquivo
Em algum momento, aparentemente, em agosto de 2013, o submarino nuclear USS Seawolf deixou o porto de Bremerton, na costa pacífica dos EUA. 


Um mês depois foram publicadas fotos em que o embaixador norte-americano na Noruega, Barry White, aparece percorrendo o interior do submarino na base naval de Haakonsvern, ao sul da Noruega.

Segundo indica David Axe em seu recente artigo, o fato de a nave, pertencente à frota do Pacífico, ter chegado à costa da Noruega sem ser detectada aumenta as incógnitas do caso. Segundo ele, o USS Seawolf seguiu uma trajetória que lhe permitiu ficar longe de qualquer outro barco, ou seja, sob o gelo ártico.

Fuzileiros navais não gostam de falar de seus submarinos, pois a maior vantagem de um submarino é o seu sigilo. De todos os navios submarinos dos EUA, o USS Seawolf e seus dois irmãos da mesma classe, USS Connecticut e USS Jimmy Carter, são os mais secretos.
Em comparação com os submarinos de outros tipos, o Google dá pouquíssimos resultados quando a meta da pesquisa se trata destes três submarinos. Até mesmo a página da Marinha norte-americana dedicada ao Seawolf permanece bloqueada.
O que se sabe é que, em 2011, o USS Connecticut, realizou ao lado do USS New Hampshire da classe Virginia uma viagem do Alasca por debaixo dos blocos de gelo em direção ao Polo Norte.
"Trabalhamos em conjunto com os computadores do Laboratório Submarino Ártico EUA e o Laboratório de Física Aplicada da Universidade de Washington, para testar novos equipamentos e treinar novas operações sob o gelo em uma região ártica", como anunciado pela Marinha norte-americana.
Os novos equipamentos eram "um soar de alta frequência destinado a realizar operações seguras no Ártico e o sistema de comunicações acústicas Raytheon Deep Siren".
Sendo assim, tudo indica que a zona do Ártico seja a nova preocupação da Marinha dos EUA. Com a redução do centro polar, em consequência do aquecimento global, foram abertas novas rotas de navegação e as forças da região se mostram cada vez mais ativas.
"Temos interesses fundamentais — interesses de segurança — na região do Ártico", comunicou em 2009 Gary Roughead, chefe de operações navais dos EUA.
No mesmo ano, um representante da Frota do Pacífico russo afirmou que "qualquer ação de submarinos estrangeiros nas proximidades das fronteiras russas exige, naturalmente, uma maior atenção por parte da frota [russa]".
Grande parte do litoral ártico corresponde zona econômica exclusiva da Rússia e os russos também querem saber o que fazem os submarinos americanos, conclui David Axe seu artigo para The National Interest.

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