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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Representante da Casa Branca diz que Tratado INF serve para conter russos, não americanos

Os EUA não estão dispostos a sair do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário e esperam que este seja mantido, afirmou à Sputnik o assessor especial do presidente americano e diretor sênior para os assuntos de não proliferação das armas de destruição em massa do Conselho de Segurança Nacional americano, Christopher Ford.
Sistema de mísseis Iskander.


Mais cedo, a edição Politico, citando vários congressistas, comunicou que a administração dos EUA estava considerando a proposta do Congresso para sair do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, mais conhecido como Tratado INF (Intermediate-Range Nuclear Forces, em inglês).

O vice-presidente do Comitê de Defesa da Duma de Estado russa, Yuri Shvytkin, afirmou à Sputnik que isso poderia levar a uma nova corrida armamentista.

"Claro que nós esperamos que isso [a saída do tratado] não aconteça. O artigo do Politico me preocupa de verdade, pois isso soa como se as pessoas de entidades para não proliferação das armas considerassem que seria melhor para nós mantermos as restrições assumidas, permitindo, assim, que os russos façam o que quiserem. […] Não queremos isso. Queremos permanecer em um mundo onde há restrições previstas pelo Tratado INF", afirmou o representante da administração americana.
Ao mesmo tempo, ele frisou que "há desafios reais caso uma parte o viole e a outra — não".
Ford também afirmou que os EUA "esperam que a Rússia volte a cumprir as disposições do tratado".
"Estamos preocupados por não ter sido feito o suficiente para pôr [os russos] em seu devido lugar, onde eles poderiam ser motivados a cumprir os acordos. […] Esperamos dar um sinal à Rússia para que esta veja com outros olhos a instalação de mísseis de cruzeiro no terreno e para que consigamos que ela volte a cumprir o acordo, pois apreciamos o Tratado INF", sublinhou.
O Tratado INF proíbe que as partes possuam mísseis balísticos e de cruzeiro nucleares ou convencionais com alcance de 500 a 5.500 quilômetros. Em diferentes ocasiões, a Rússia e os Estados Unidos trocaram acusações quanto à violação do acordo, que foi assinado em 1987.
No final de março deste ano, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, reforçou que a Rússia cumpre plenamente o tratado e "não houve violação alguma da parte russa", enquanto o cumprimento pelos EUA provoca dúvidas.
O chanceler russo observou que "os EUA afirmam o contrário, mas não apresentam nenhuma informação concreta que possa ser verificada para esclarecer a situação". Lavrov adiantou que Moscou tem perguntas sérias quanto a várias "ousadias" dos próprios americanos.

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