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domingo, 30 de julho de 2017

Navios russos ganham 'couraça' de defesa antiaérea que não tem análogos no mundo

A Rússia lidera no campo de desenvolvimento e produção de armamentos com tecnologia de ponta, sendo que mais uma prova disso é a versão naval do famoso sistema de defesa antiaérea de curto alcance Pantsir ("Couraça" em russo).
Navios da Frota do Mar Negro da Marinha russa, foto de arquivo
A versão naval do sistema, Pantsir-ME, foi criada no Gabinete de Projetos Shipunov e apresentada ao público pela primeira vez nos finais de julho, durante o Salão Naval Internacional de São Petersburgo 2017. A nova arma impressionou muito os especialistas e visitantes da exibição.


"O Pantsir-ME, que faz lembrar de um robô de combate de um filme de ficção científica, provoca respeito já pelo seu aspeto visual, mas também, o que é mais importante, pelas suas capacidades de combate", assegura o colunista da Sputnik, Aleksandr Khrolenko.

O poder de armamento de artilharia e mísseis e o novo sistema integrado ótico e de radar fazem com que esta arma seja um meio defensivo extremamente eficiente. Vale ressaltar que o Pantsir defende um navio no raio de 20 quilómetros (a altitude da cúpula do sistema é de 15 km) de todos os meios de ataque aéreo modernos, ou seja, mísseis de cruzeiro, mísseis antinavio supersônicos, bombas aéreas e drones.

Os mísseis do Pantsir eliminam os alvos com ogivas de fragmentação que espalham uma "nuvem de hastes de aço aguçadas".

Os dois canhões sêxtuplos de calibre 30 mm e cadência de fogo de 5.000 tiros por minuto ampliam consideravelmente as capacidades de combate do sistema. O sistema de controle de fogo se baseia em uma tecnologia que faz com que os radares acompanhem os alvos, bem como os seus próprios mísseis.
Após ser lançada a ordem de atacar os alvos, o sistema reage de modo automático em 2 ou 3 segundos. Além disso, ele pode lançar mísseis contra 4 alvos ao mesmo tempo dentro de um ângulo de 90 graus. O Pantsir quase não tem "pontos cegos" e dispõe de 3 radares: um ótico, um de detecção longa (até 50 km) é o de acompanhamento do alvo. O sistema "vê" os veículos aéreos em detalhe, mesmo os paraquedas de elementos sabotadores.
"A criação de um Pantsir naval foi uma exigência do nosso tempo. Nos últimos anos, o poderio dos alvos da defesa antiaérea tem aumentado e seu tamanho e visibilidade têm diminuído. A nossa concepção permite eliminar os mísseis antinavio e resolver as tarefas da missão antiaérea praticamente até ao bordo. Tudo está preparado para um período de resposta extremamente curto, os mísseis ficam em cima do navio e não por dentro, em um estado de alerta todo o tempo", contou o diretor técnico do projeto Yuri Savenkov.
No seu artigo, Khrolenko ressalta que o serviço naval pressupõe um contato permanente dos equipamentos eletrônicos com a água e o sal marinho. O Pantsir, por sua vez, está completamente protegido dos elementos.
O interesse pelo sistema Pantsir por parte da Marinha tem aumentado à medida que as tropas terrestres se adaptavam à versão terrestre do sistema, embora o projeto naval figurasse nos planos da empresa construtora desde o primeiro momento. Até hoje, o Pantsir já passou por toda uma série de provas e foi lançada sua produção em série.
Os construtores russos planejam criar um amplo leque de tais equipamentos, enquanto o Ocidente apenas começou a elaborar seus análogos.
O Gabinete de Projetos Shipunov é uma das principais empresas do complexo militar russo, sendo que lá já foram elaborados e lançados para produção em série mais de 150 armamentos de vários tipos.
Seus sistemas Kashtan, Kashtan-M e Pantsir-ME não têm análogos no mundo, já que combinam nas suas torres peças de artilharia potentes com mísseis de regime múltiplo com um sistema integrado ótico e de radar.
Os primeiros dois sistemas já fazem com que a Marinha russa fique com uma vantagem considerável, porém, o novo Pantsir tem as caraterísticas mais avançadas de cada armamento em separado. Por exemplo, em comparação com o Kashtan-M, o potencial de ataque do Pantsir é 4 vezes maior.

Um comentário:

  1. Essas notícias dirigidas, enaltecendo o que vem da Rússia, parecem aquelas propagandas vistas no livro "1984".

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