A decisão pode ser tomada devido ao estado lamentável da estação de radar Dnepr, em Sevastopol, que a Rússia herdou da Ucrânia e cuja modernização não é viável.
As estações de radar Dnepr ainda existem em três cidades, inclusive em Sevastopol, mas esta última "está em um estado péssimo, por isso, em vez dela se planeja instalar uma Voronezh-SM", afirmou Sergei Boev, acrescentando que "esse é um lugar muito bom para ela".Comparada com o obsoleto radar Dnepr, que começou a ser desenvolvido ainda em meados dos anos 50 do século passado, a Voronezh-SM é uma estação de última geração que detecta alvos com alta precisão, sendo um dos mais potentes, segundo o construtor principal.
Além disso, as novas estações são construídas muito mais rapidamente do que antes — em vez de 10 anos a Voronezh pode ser instalada e posta em serviço em dois-três anos, afirma Sergei Boev. As letras SM no nome do radar significam que ele usa ondas centimétricas. Radares deste tipo são capazes de coletar o máximo de informações sobre qualquer alvo que capturar.
A instalação na Crimeia de um radar de última geração vai reforçar de modo significativo os sistemas terrestres de alerta de ataques de mísseis nas zonas do sul e do oeste, que é onde existe uma ameaça de tais ataques, acredita o especialista militar Mikhail Khodaryonok.
"A Voronezh-SM é um projeto de perspectiva, e se for colocada na Crimeia ela reforçará notavelmente as capacidades de nossos sistemas de radares", afirmou.
Anteriormente, o especialista militar e diretor da revista Arsenal Otechestva, Aleksei Leonkov, afirmou ao serviço russo da Rádio Sputnik que Washington recebe com muita preocupação as notícias sobre desenvolvimento de radares de precisão centimétrica. Até 2020, a Rússia poderá já ter vários destes.
A razão para isso é que a tecnologia stealth norte-americana começa falhando perto de tais estações de radares, isto é, os meios de ataque aéreo com tal tecnologia se tornam visíveis. Isso provoca discussões intensas nos EUA, pois essas tecnologias custam bilhões de dólares, concluiu o especialista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário