Este foi o primeiro avião abatido por um piloto norte-americano desde a campanha das forças da OTAN em Kosovo, no ano de 1999. O tenente Tremel compartilhou com as mídias como realizou o ataque.
"Todo o incidente durou uns oito minutos. Eu não entrei em contato direto com a aeronave síria, mas ele [o piloto sírio] recebeu várias advertências dos aviões de alerta precoce e controle. Por isso sim, lançamos mísseis e estes, sim, atingiram o alvo no ar", afirmou Tremel, citado pelo portal Save the Royal Navy.
O piloto explicou que tomou tal decisão pelo fato do Su-22 sírio ter lançado bombas perto das posições das Forças Democráticas Sírias, um grupo de forças de oposição apoiado por Washington.
"Eu não pude ver o piloto [sírio], mas o meu copiloto observou seus paraquedas", agregou.
Respondendo à pergunta sobre o número de projéteis necessários para derrubar o caça sírio, Tremel admitiu que foram suficientes dois mísseis. O AIM-9X Sidewinder, míssil ar-ar de curto alcance guiado por raios infravermelhos, se extraviou, aparentemente atraído pelo sinalizador que o piloto do Su-22 utilizou como contramedida. Por isso foi necessário um segundo projétil, desta vez um míssil de médio alcance AIM-120 Slammer.
O Su-22 era a versão para exportação do caça-bombardeiro soviético Su-17, desenvolvido na década de 60. Estas aeronaves estiveram em serviço da URSS até à década de 90, embora ainda possam ser encontradas operando em vários países.
O piloto explica que o AIM-9X é a versão mais moderna de toda a família de mísseis americanos e que não esperava que fosse "enganado" por um avião da época soviética como o Su-22.
Os jornalistas não se contiveram de fazer uma pergunta sobre os encontros no ar com as aeronaves da Força Aeroespacial russa, ao que Tremel respondeu de forma breve e clara:
"Eles sempre se comportam com grande profissionalismo."
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