O grupo de ataque consiste do cruzador de mísseis guiados USS Normandy e dos destróieres de mísseis guiados USS Farragut, do USS Forrest Sherman, do USS Bulkeley e do USS Arleigh Burke. Dois outros, o USS Jason Dunham e o USS The Sullivans, voltarão ao grupo de ataque em uma data posterior. O destróier alemão FGS Hessen é adicionado ao grupo de ataque Truman.
A frota, com mais de 8.000 homens a bordo, tem um enorme poder de fogo. O Truman – um superporta-aviões de 300 metros de comprimento, equipado com dois reatores nucleares – pode lançar 90 caças e helicópteros em ondas consecutivas. Seu grupo de ataque, suplementado por 4 destróieres já no Mediterrâneo e alguns submarinos, pode lançar mais de 1.000 mísseis de cruzeiro.
As Forças Navais dos EUA, Europa-África – cuja sede está localizada em Nápoles – Capodichino, enquanto a base da Sexta Frota está localizada em Gaeta – são assim fortalecidas. Estão sob as ordens do mesmo almirante (atualmente James Foggo) que comanda o Comando das Forças Conjuntas Aliadas de Nápoles no Lago Patria.
O desdobramento da frota norte-americana no Mediterrâneo faz parte do fortalecimento geral das forças norte-americanas na Europa, sob as ordens do mesmo general (atualmente Curtis Scaparrotti), que ocupa o cargo de Comandante Supremo Aliado na Europa.
Detalhes gráficos. Mapas de desdobramentos militares em torno da Síria. Clique na imagem para ampliar [1200 × 488]
Em uma audiência no Congresso, Scaparrotti explica a razão para o fortalecimento das forças dos EUA na Europa. O que ele apresenta é um verdadeiro cenário de guerra: ele acusa a Rússia de realizar “uma campanha de desestabilização para mudar a ordem internacional, frear a OTAN e minar a liderança dos EUA em todo o mundo”.
Depois da “anexação ilegal da Criméia pela Rússia e sua desestabilização do leste da Ucrânia”, os Estados Unidos, que empregam mais de 60 mil soldados nos países europeus da Otan, aumentaram sua postura na Europa ao implantar uma equipe de brigada blindada e uma brigada de aviação de combate. e pelo pré-posicionamento de equipamentos para equipes adicionais de combate de brigadas blindadas. Ao mesmo tempo, os EUA dobraram seus desdobramentos marítimos para o Mar Negro.
Para fortalecer suas forças na Europa, os Estados Unidos gastaram mais de 16 bilhões de dólares em cinco anos. Ao mesmo tempo, os EUA forçaram os aliados europeus a aumentar seus gastos militares em 46 bilhões de dólares em três anos para fortalecer o desdobramento da OTAN contra a Rússia.
Isso faz parte da estratégia lançada por Washington em 2014 com o golpe de Maidan e o consequente ataque aos russos da Ucrânia: fazer da Europa a primeira linha de uma nova guerra fria para fortalecer a influência dos EUA sobre seus aliados e impedir a cooperação eurasiana. Os ministros das Relações Exteriores da OTAN reafirmaram seu consentimento em 27 de abril, preparando uma nova expansão da OTAN para o leste contra a Rússia através da entrada da Bósnia-Herzegovina, Macedônia, Geórgia e Ucrânia.
Esta estratégia requer uma preparação adequada da opinião pública. Para este fim, Scaparrotti acusa a Rússia de “usar a provocação política, espalhando desinformação e minando as instituições democráticas”, mesmo na Itália. Ele então anuncia que “os EUA e a OTAN contra-informam a desinformação russa com informações verdadeiras e transparentes”. Na sequência, a Comissão Europeia anuncia uma série de medidas contra notícias falsas, acusando a Rússia de usar “desinformação em sua estratégia de guerra”.
É de se esperar que a OTAN e a UE censurem o que é publicado aqui, decretando que a frota dos EUA no Mediterrâneo é uma notícia falsa espalhada pela Rússia em sua “estratégia de guerra”.
Autor: Manlio Dinucci
Traduzido para publicação em dinamicaglobal.wordpress.com
Fonte: Global Research.ca
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