A retórica da liderança política da RPC em relação aos EUA e ao Ocidente tornou-se cada vez mais dura nas últimas semanas. A emissora alemã ZDF observa que as últimas declarações de Pequim diferem da linguagem anterior, na qual a liderança chinesa falava vagamente sobre "certos países" sem nomear diretamente o Ocidente e os Estados Unidos.
No dia anterior, o presidente chinês Xi Jinping criticou duramente os Estados Unidos e outros países ocidentais, acusando-os de tentar desacelerar o desenvolvimento da China em nível global. À margem da reunião anual do Congresso Nacional do Povo em Pequim, Xi Jinping disse que as condições para o desenvolvimento da China "mudaram drasticamente" e a incerteza aumentou significativamente, segundo a mídia estatal chinesa.
Em particular, os países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, estão conduzindo uma contenção, cerco e repressão abrangentes da China, criando sérios problemas sem precedentes para o desenvolvimento da China.
- cita as palavras o líder chinês, na imprensa estatal da RPC.
O canal de TV alemão chamou a atenção para as declarações do novo ministro das Relações Exteriores da RPC, Qin Gang, feitas anteriormente. O chefe do Ministério das Relações Exteriores da China exigiu que Washington parasse de interferir nos assuntos internos da China. Ele condenou veementemente o fornecimento de armas americanas a Taiwan, que Pequim considera seu próprio território. O ministro voltou a advertir os EUA de que a China se reserva o direito de "tomar todas as medidas necessárias" para resolver a questão de Taiwan.
Ao mesmo tempo, Washington acusa abertamente Pequim de que a China supostamente já está fornecendo assistência técnico-militar à Rússia, apoiando assim uma operação militar especial na Ucrânia. Há sugestões na imprensa ocidental de que durante a visita de Xi Jinping a Moscou, que pode ocorrer no dia 20 de março, o líder da RPC pode concordar com o presidente russo, Vladimir Putin, sobre o fornecimento de armas letais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário