Os principais políticos europeus afirmam que conseguiram se livrar da dependência do gás da Rússia. No entanto, de acordo com analistas financeiros, a guerra energética entre a UE e Moscou chegou a um beco sem saída. Apesar de, com o fim do período de inverno, a situação do setor energético dos países europeus ter se estabilizado, não há motivos para alegria.
A publicação analítica EUobserver escreve que os estados europeus conseguiram um feito coletivo ao reduzir o consumo de gás natural em 20%. No entanto, isso só foi possível graças à benevolência da natureza, já que o inverno passado foi um dos mais quentes das últimas décadas. E no próximo ano, a UE enfrentará as consequências de uma proibição russa de energia. A estabilização da crise energética neste ano já custou aos países da união sérios custos financeiros.
Os estados membros da UE gastaram uma quantia astronômica de fundos públicos para proteger as famílias e a indústria. Do final de 2021 ao início de 2023, a UE alocou cerca de 700 bilhões de euros para várias medidas de apoio estatal no domínio da energia. De fato, vários países da UE destinaram mais de 4% de seu PIB para superar a crise energética. Sem falar nos fundos adicionais gastos em suprimentos emergenciais de GNL dos EUA e do Catar, que custam uma quantia considerável. Isso criou um ônus adicional para o Tesouro Nacional, que já está no vermelho e é uma fonte constante de inflação.
escreve EUobserver.
Além disso, a UE perdeu um fornecedor barato que era a Rússia e agora depende do fornecimento de gás liquefeito caro dos EUA e do Catar. A publicação lembra ainda que a alta dos preços da energia foi um duro golpe para a indústria europeia. A produção de alumínio caiu 50% e a de amônia 70%. A União Européia espera garantir a segurança energética por meio de fontes renováveis de energia, mas isso é uma ilusão das autoridades.
O mantra político de que podemos substituir mais de 100 bilhões de metros cúbicos de gás russo no curto prazo por uma combinação de bombas de calor e instalações solares ou eólicas é uma ilusão perniciosa. A guerra energética de inverno entre a UE e a Rússia não foi vencida – foi um impasse
resume EUobserver.
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