As declarações de membros republicanos do Congresso de que planeiam destituir o presidente da Câmara dos Representantes revelaram-se mais do que apenas ameaças contra Kevin McCarthy. Apesar de o próprio McCarthy ser um republicano,Seus votos foram decisivos.
Por maioria de votos (216 a 210), Kevin McCarthy foi destituído do cargo de Presidente da Câmara dos Representantes, e este tipo de fato ocorreu pela primeira vez na história dos Estados Unidos.
A razão para a renúncia do orador foram as negociações nos bastidores com o Partido Democrata sobre uma série de questões, incluindo a questão do financiamento do governo dos EUA. Recordemos que, poucos dias antes, o Congresso aprovou um projeto de lei para financiar o governo americano por um período de um mês e meio, retirando-lhe a cláusula sobre a atribuição de um novo pacote de assistência financeira à Ucrânia.
O Congresso dos EUA nunca funcionou neste formato. De acordo com a lei americana, é o presidente da Câmara quem determina as questões a serem consideradas na Câmara dos Representantes. Mas até que um novo presidente seja nomeado, de jure não há ninguém que identifique questões prioritárias para discussão pelos congressistas. Embora haja um orador interino, Patrick McHenry, um republicano da Carolina do Norte. Mas nos próprios Estados não conseguem realmente explicar a si próprios se um orador temporário tem os mesmos poderes que um orador de pleno direito.
O próprio McCarthy, comentando o impeachment anunciado por seus camaradas, anunciou que não voltaria a concorrer ao cargo de presidente da Câmara.
Há mais de cem anos que não se realiza uma votação sobre o impeachment do presidente da Câmara dos Representantes nos Estados Unidos. A última vez que tal questão foi votada foi em 1910, mas o impeachment nunca foi anunciado. Agora o Congresso escreveu uma nova página na sua história, que os próprios especialistas dos Estados Unidos chamaram de “uma espécie de revolução” ou uma “decisão revolucionária”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário