(26-11-2012) O “inesperado” anúncio de que o canadense Mark Carney será nomeado Governador do Banco da Inglaterra significa que o assistente do Bilderberg 2012 complete o domínio virtual da Goldman Sachs sobre todas as principais economias da Europa.
A nomeação de Carney chegou como uma surpresa para muitos que esperavam o atual vice-governador do Banco da Inglaterra, Paul Tucker, para obter o visto bom, mas não é uma surpresa para nós, já que prognosticamos em abril que Carney se apuntava para o posto.
Carney é um ex-veterano de 13 anos da Goldman Sachs e participou na crise financeira russa de 1998, que foi agravada pela assessoria da Goldman à Rússia e ao mesmo tempo apostar contra a capacidade do país em pagar sua dívida.
A nomeação de Carney chega só seis meses depois de assistir à conferência Bilderberg 2012 em Chantilly, Virgínia, uma confabulação anual de mais de uma centena das pessoas mais poderosas do planeta que mostraram seu habitual estado de criador de reis.
The Guardian informa que Carney é “em grande medida desconhecido fora dos círculos fechados dos banqueiros centrais e reguladores financeiros”, pelo que sua nomeação foi uma surpresa para muitos, incluindo a Malcolm Barr da JP Morgan, quem considerou a Paul Tucker como uma “aposta segura” para o trabalho.
O status de Carney como um estrangeiro se cita como uma das razões pelas que sua seleção foi um choque, mas ao ser canadense, depois de tudo é um “sujeito” da Rainha da Inglaterra, que confirmou sua nomeação depois de ter sido recomendado à ela pelo primeiro ministro David Cameron.
A presença de Carney na confabulação Bilderberg deste ano, sem dúvida, o ajudou a ganhar o favor da elite mundial e o ajudou a obter o cargo de Governador do Banco da Inglaterra, também ajudado por outros luminários para obter um cargo mais alto, como Herman Van Rompuy, quem foi eleito como Presidente da União Europeia apenas uns dias depois de ter assistido a uma reunião do Grupo Bilderberg.
A ascenção de Carney à cabeça do Banco da Inglaterra também representa a última peça do quebra-cabeça que busca a Goldman Sachs para controlar práticamente a todas as grandes economias em todo o continente europeu.
No ano passado, o ex-comissionado europeu, Mário Monti, foi eleito para substituir Silvio Berlusconi, o Primeiro Ministro democráticamente eleito da Itália. Monti é assessor internacional da Goldman Sachs, presidente europeu da Comissão Trilateral de David Rockefeller e também um destacado membro do Grupo Bilderberg.
“Este é o grupo de delinquentes que nos trouxe este desastre financeiro. É como pedir aos piromaníacos que apaguem o fogo “, comentou Alessandro Sallusti , diretor do Il Giornale.
Da mesma forma, quando o primeiro ministro grego, George Papandreou, se atreveu a sugerir que fosse permito ao povo grego expressar sua opinião num referendum, foi despachado aos poucos dias e substituído por Lucas Papademos, ex-vicepresidente do BCE, professor visitante de Harvard e ex-economista da Reserva Federal de Boston.
Papademos correu ao banco central da Grécia, enquanto que supervisou ofertas de derivados da Goldman Sachs que permitiu à Grécia ocultar o verdadeiro tamanho de sua enorme dívida, o que levou a crise de dívida na Europa.
Papademos e Monti se instalaram como líderes não eleitos com a razão precisa de que “não são diretamente responsáveis perante o público”, assinalou Stephen Faris do Time Magazine, uma vez mais, que ilustra a fundação fundamentalmente ditatorial e antidemocrática da União Europeia.
Pouco depois, Mário Draghi – ex-vicepresidente da Goldman Sachs International – foi colocado como presidente do Banco Central Europeu.
O secretério do Tesouro dos EUA, no começo do colapso financeiro de 2008, era Hank Paulson, ex-diretor executivo da Goldman Sachs. Quando Paulson foi substituído por Tim Geithner, Goldman Sachs planejou Mark Patterson, que foi contratado como seu principal conselheiro. O atual CEO da Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, visitou a Casa Branca 10 vezes.Goldman Sachs gastou mais dinheiro ajudando a Barack Obama a ser eleito em 2008.
Zero Hedge, que também predisse que Carney iria em contra das probabilidades de ocupar a posição do Banco da Inglaterra, assinala hoje que, “Tudo o que alguém precisa perceber e lembrar, foi como ocorreram os acontecimentos no mundo, é lembrar uma simples coisa: GOLDMAN SACHS executa. Todo o resto é secundário.“
Como ilustra o seguinte gráfico, as economías da França, Irlanda, Alemanha e Bélgica são agora também controladas por indivíduos que possuem uma relação direta com a Goldman Sachs. O gigante da banca internacional, conhecido por sua corrupção e abuso de informação privilegiada, agora têm uma influência enorme sobre práticamente todas as principais economias ocidentais no planeta.
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