A Rússia apelou para que o Conselho de Segurança da ONU tome uma atitude em relação aos ataques de quarta-feira, 28, em Damasco. A informação é do Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Gennady Gatilov. A região de Jaramani, no subúrbio da capital síria, que tem a população predominantemente cristã, foi atingida por quatro explosões. Segundo os dados da agência de notícias AFP, 54 pessoas morreram e mais de 120 ficaram feridas. O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-Moon, condenou os ataques.
O vice-ministro russo reconheceu que o secretário-geral das Nações Unidas respondeu prontamente aos ataques dos rebeldes em Damasco e que agora, segundo ele, cabe ao Conselho de Segurança também reagir aos recentes fatos na Síria. Gatilov enfatizou que a Rússia propôs a adoção de uma declaração adequada.
Rússia exclui envolver-se militarmente na Síria
"Claro que não se pode falar de um envolvimento da Rússia no conflito armado", afirmou Serguei Lavrov numa entrevista ao semanário Argumenti i fakti.
"O ponto de apoio técnico-material da Armada Russa em Tartus funciona normalmente. Sublinho: a nossa longa cooperação no campo técnico-militar serve, antes de tudo, para manter a estabilidade no Médio Oriente e nunca visou apoiar alguém no palco sírio interno", acrescentou.
O ministro frisou que Moscovo está categoricamente contra a ingerência militar na Síria, acrescentando que é preciso fazer tudo para pôr fim ao derrame de sangue e iniciar o diálogo entre os sírios sobre o futuro do seu país.
"Se, em vez disso, atiçarmos a 'guerra até à vitória final' contra o regime de Bashar Assad, isso só aumentará o sofrimento do povo sírio e deteriorará ainda mais a situação já explosiva no Médio Oriente", considerou.
Segundo o ministro russo, o risco de alargamento do conflito aos países vizinhos está a aumentar, até porque "entre os adversários do regime apareceram muitos extremistas, mercenários estrangeiros e terroristas ligados à Al-Qaeda".
UE renova sanções contra Síria
BRUXELAS — A União Europeia decidiu renovar por três meses suas sanções contra o regime sírio, informaram nesta quarta-feira fontes diplomáticas.
A decisão, adotada em uma reunião de embaixadores, será formalmente aprovada na quinta-feira durante o Conselho Europeu de Ministros, segundo as mesmas fontes.
Desde março de 2011, 181 pessoas ligadas ao regime de Bashar al-Assad, além de 54 empresas e administrações, foram colocadas na lista negra da UE. Seus bens foram congelados e elas perderam o direito a visto.
Além disso, a UE proibiu seus cidadãos de comprar armas da Síria, de transportá-las para outros países ou de assegurar esse transporte. O objetivo é privar o regime de possíveis fontes de financiamento.
A UE também impôs embargos sobre armas e petróleo, e uma série de sanções comerciais e financeiras.
A França propôs recentemente a suspensão do embargo da UE sobre o fornecimento de armas "defensivas" para a oposição síria, mas esta proposta não é unanimidade entre seus parceiros.
Naval Brasil
Rebeldes sírios atacaram base militar no Norte do pais
Os rebeldes sírios empreenderam uma tentativa de assalto à base militar de Wadi ad-Deif, perto de cidade de Maaret An-Nuaman, no Norte do país.
É o que afirma o "Conselho para a Observância dos direitos humanos na Síria" sediado em Londres.
Para o assalto, uniram-se vários grupos de rebeldes. As tropas governamentais responderam com fogo de metralhadoras e artilharia às posições dos rebeldes.
Voz da Rússia
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