O Irã afirmou neste sábado não estar preocupado com as últimas sanções anunciadas pelos Estados Unidos contra a alegada censura à imprensa, garantindo que este controle era necessário para preservar os "valores morais" da República Islâmica. Estas sanções "não têm nenhuma importância" e representam "um presente do novo governo americano", disse o ministro da Cultura e Orientação Islâmica, Mohammad Hosseini, (foto), segundo declarações divulgadas pela agência de notícias Mehr.
"Nós não queremos a versão americana da liberdade. Nós não podemos tolerar a ruptura dos valores morais em países islâmicos (…). O controle da mídia é uma fonte de orgulho para nós", acrescentou. Os Estados Unidos anunciaram na quinta-feira a adoção de novas sanções contra o Irã, desta vez visando a censura dos meios de comunicação e a censura da internet por parte das autoridades iranianas.
Estas medidas afetam pessoas físicas e entidades coletivas, especialmente o ministério da Comunicação e da Tecnologia e seu ministro, Reza Taghipour. Os Estados Unidos, que romperam suas relações diplomáticas com o Irã em 1980, regularmente denunciam a situação dos direitos humanos e das liberdades civis no país.
"Inúmeros ativistas, jornalistas, advogados, estudantes e artistas foram detidos, censurados, torturados ou impedidos de exercer os seus direitos", criticou na quinta-feira a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.
AIEA diz que Irã está desmantelando base militar de Parshin
O Irã está desmantelando sua base militar de Parshin, próxima a Teerã, disse neste domingo em uma coletiva de imprensa em Bagdá o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yuyika Amano.
o executivo da AIEA, no entanto, disse que não poderia proporcionar maiores detalhes sobre o processo.
Irã acredita que aeronave dos EUA espionava petroleiros
DUBAI – O Irã acredita que uma aeronave não tripulada dos EUA, um drone, que estava sob a mira das forças armadas iranianas este mês estava reunindo conhecimento sobre petroleiros na costa do país, afirmou um comandante das Guardas Revolucionárias Iranianas à agência semioficial Mehr, no domingo.O governo dos EUA disse que aviões de guerra iranianos abriram fogo contra um drone norte-americano desarmado sobre águas internacionais no dia 1o de novembro. O Irã disse que havia repelido uma aeronave que estava violando o seu espaço aéreo.
O incidente destacou o risco de um aumento das tensões entre EUA e o Irã em uma contínua briga por causa do programa nuclear do Irã.
"O drone estava voando perto da Ilha de Kharg e nossa compreensão é que … estava reunindo informação econômicas e conhecimento sobre a Ilha de Kharg e de petroleiros na região", disse o general-brigadeiro da Guarda Revolucionária Islâmica, Amir Ali Hajizadeh, segundo a agência Mehr.
Instalações na Ilha de Kharg lidam com a maior parte das exportações de petróleo bruto do Irã.
"A República Islâmica do Irã tem alguns limites que os americanos deveriam entender e respeitar. Se isto acontecer novamente, nós definitivamente reagiremos", acrescentou.
O governo dos EUA, a União Europeia e outros órgãos impuseram sanções ao comércio do petróleo iraniano como forma de pressionar o país a interromper a sua pesquisa nuclear, que o Ocidente teme que busca desenvolver a capacidade para construir uma bomba atômica.
Os Estados Unidos e Israel não descartaram uma ação militar contra o Irã, caso a diplomacia fracasse em resolver a disputa.
O Irã nega a acusação, dizendo que sua pesquisa nuclear é puramente para fins pacíficos.
Naval Brasil
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