Irã faz exercícios navais no Golfo Pérsico e no Estreito de Ormuz
Teerã já ameaçou fechar estreiro em caso de ataque israelense ao país.
O Irã iniciou na terça-feira (25) exercícios navais no Golfo Pérsico e prevê estender as manobras ao Estreito de Ormuz, a partir de sexta-feira, para 'exibir sua capacidade naval' em uma região por onde passa um terço do tráfego petroleiro mundial, informaram oficiais iranianos.
Os Guardiães da Revolução, força de elite do regime em Teerã, iniciaram nesta terça-feira exercícios navais de quatro dias no Golfo, revelou um porta-voz militar à agência de imprensa Fars.
As manobras ocorrem em águas territoriais iranianas entre Asalouyeh, próximo ao porto de Bouchehr (sul), e South Pars, um campo gasífero gigante compartilhado com o Qatar, disse o almirante Alireza Nasseri.
Batizado de 'Fajr 91', o exercício visa a testar 'cenários de defesa e segurança' na região.
A Marinha regular fará o exercício 'Velayat 91' no Estreito de Ormuz a partir de sexta-feira, com manobras durante seis dias que envolverão o Mar de Omã, revelou o comandante das forças navais, almirante Habibollah Sayari.
Submarinos e navios de superfície participarão das manobras, que testarão sistemas de mísseis e métodos de patrulha e reconhecimento, disse o almirante Sayari em entrevista coletiva.
'Observaremos atentamente as fronteiras marítimas de nossos vizinhos e as manobras respeitarão as leis internacionais', destacou o almirante, citado pela agência Isna.
Segundo o almirante Sayari, o Irã pretende demonstrar 'suas capacidades navais e enviar uma mensagem de paz e de amizade à região'.
O Irã organiza regularmente manobras militares para exibir suas capacidades de defesa.
A Marinha iraniana, com cerca de 17 mil homens, é responsável por operações no Mar de Omã, a leste do Estreito de Ormuz, e até o Golfo de Aden. As forças navais dos Guardiães da Revolução, com cerca de 20 mil homens, realizam os exercícios no Golfo Pérsico.
Teerã denuncia regularmente a presença de 'forças estrangeiras', especialmente dos Estados Unidos, como um fator de instabilidade no Golfo Pérsico, estimando que a segurança cabe aos 'países da região'.
As relações entre o Irã e as monarquias árabes do Golfo são marcadas pela desconfiança, com os países da região temendo os projetos de hegemonia de Teerã.
O Irã tem advertido que atacará as bases americanas no Golfo em caso de ação israelense contra suas instalações nucleares. Israel e as potências ocidentais acusam Teerã de tentar obter uma arma atômica, o que os iranianos negam.
Irã rejeita acusação de interferência de países do Golfo
DUBAI – O Irã rejeitou acusações de países do Golfo de que estaria se intrometendo em assuntos internos, e disse que esses países estavam "fugindo da realidade", informou uma agência iraniana de notícias nesta quarta-feira.
Seis países aliados dos Estados Unidos exigiram que o Irã interrompa o que chamaram de interferência na região, em um comunicado na terça-feira no final de uma cúpula de dois dias do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), liderado pela Arábia Saudita, reiterando uma desconfiança de longa data.
O comunicado não deu mais detalhes, mas a mais comum das queixas dos países é relacionada ao Barein, que tem repetidamente acusado o Irã de interferência em sua política interna ao motivar protestos.
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores iraniano, Ramin Mehmanparast, rejeitou a declaração. "Transferir a responsabilidade dos problemas internos dos países da região é uma forma de fugir da realidade, e culpar os outros ou usar métodos opressivos não são os caminhos certos para responder às demandas civis", disse ele, segundo a agência Isna.
O Irã vê o Golfo como o seu próprio quintal e acredita ter um interesse legítimo em expandir sua influência na região.
Em Manama, o ministro de Relações Exteriores do Barein, Khalid Bin Ahmed Bin Mohammed Al Khalifa, disse a jornalistas na terça-feira que o Irã representava uma "ameaça muito séria".
por Zahra Hosseinian
Reuters
Nota da Redação:
Uma matéria sobre o Oriente Médio que deveria ser no mínimo isenta, e pior, escrita por um árabe (Zahra Hosseinian), informando em análise própria que "o Irã vê o Golfo como o seu próprio quintal", é muito cinismo!
No mínimo, o figuraça finge desconhecer as bases navais flutuantes dos EUA no Golfo e em terra nos demais países da região, utilizadas para coagir e controlar os países que lhes são submissos… Todavia, como disse o Irã, a posição desses, é a fuga da realidade.
Aliás, graças ao Irã – que apresenta forte oposição ao imperialismo e intervencionismo por países ocidentais – é que o imperialismo ainda não tomou conta efetivamente daquela região.
Israel está preocupado com possível “eixo do mal” entre o Irã e a Bielorrússia
Bateria de defesa S-300 em exposição na Rússia
O governo israelense está seriamente preocupado com a possibilidade de ser criado um novo “eixo do mal” entre o Irã e a Bielorrússia.
Minsk estará pronta a fornecer a Teerã modernos complexos antiaéreos S-300, escreve a revista alemã Der Spiegel. A edição sublinha que “a Bielorrússia possui estes complexos em excesso”.
Segundo os especialistas alemães, os S-300 são capazes de proteger as estruturas nucleares iranianas de possíveis ataques por parte da aviação israelense ou norte-americana. O Irã há muito que tenta obter estes armamentos mas as tentativas de os comprar a Moscou não tiveram êxito.
A Bielorrússia, escreve a Der Spiegel, procura formas de aumentar as receitas do Estado, o que torna tal transação bastante possível. Israel não comenta esta informação.
Naval Brasil
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