“O futuro iraniano de Washington no Novo Grande Jogo Estratégico no Oleogasodutostão” - Noticia Final

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sábado, 8 de dezembro de 2012

“O futuro iraniano de Washington no Novo Grande Jogo Estratégico no Oleogasodutostão”

No debate-teatro-do-absurdo da campanha eleitoral presidencial nos EUA-2012 sobre “política externa”, o Irã foi tema citado nada menos que 47 vezes [1]. Apesar do medo, das maldições, palavrões e ameaças [2], além das mentiras, no circo bilionário da temporada eleitoral, os norte-americanos, mesmo assim, nada ouviram de substancial sobre o Irã, por mais que as tais (inexistentes) “armas de destruição em massa” fossem sempre citadas e recitadas como principal questão da segurança nacional dos EUA. (Como se não faltasse mais nada, o mundo, embasbacado, ainda ouviu o candidato Romney dizer que a Síria – não o Golfo Persa – seria a “saída [do Irã?!] para o mar”. [3]

Agora, com a campanha eleitoral Sturm und Drang [4] já ultrapassada, mas com as ameaças ainda sempre repetidas, a pergunta é: “Obama conseguirá cruzar a fossa abissal que separa a atual política externa dos EUA (não queremos guerra, mas haverá guerra se vocês construírem aquela bomba) e a ótica persa (não queremos a bomba – o Líder Supremo já disse – e queremos acordo, mas só se vocês nos assegurarem o respeito, ou pelo menos boa parte do respeito, que nós merecemos)? Não esqueçam que, em outubro, pouco antes de ser reeleito, o presidente Obama acenara [5] com uma micro nesga de abertura rumo à reconciliação, ao falar sobre a “pressão” que aplicava contra o país e sobre “nossa política de (...) potencialmente virmos a ter conversações bilaterais com os iranianos para pôr fim ao programa nuclear deles”. [6]

É claro que Teerã não “porá fim” ao seu programa nuclear legal. Quanto àquele “potencialmente”, é como um lembrete desenhado ali, para lembrar o quão furiosamente o establishment em Washington rejeita até a possibilidade de negociações bilaterais com o Irã.

Presidente Obama, derrube esse muro!

Começemos com o óbvio, muito importante: quando entrou no Salão Oval, em janeiro de 2009, o presidente Obama herdava um aparentemente inexpugnável “Muro de Desconfiança” de três décadas, nas relações Irã-EUA. Diga-se a favor dele que, em março, Obama falou diretamente [7] a todos os iranianos, numa mensagem pelo Nowruz, o Ano Novo iraniano, na qual sugeriu um “comprometimento firme, baseado no respeito mútuo”. Chegou a citar o poeta persa, do século 13, Sa’adi: “Os filhos de Adão são braços do mesmo corpo, que Deus criou de uma única essência”.

Mas ainda assim, desde o início, Obama foi paralisado por uma série de preconceitos que reinam em Washington, tão velhos quanto o muro de desconfianças; e por um conceito que unia os dois partidos e que privilegiava estratégia agressiva em relação ao Irã, que emergiu nos anos de George W. Bush, quando o Congresso aprovou verba de $400 milhões [8] para pagar várias “operações encobertas” planejadas para desestabilizar o país e que incluíam ação nas fronteiras, de equipes das Operações Especiais. Tudo isso, já decorrente dos perigos da “bomba iraniana”.

Relatório de setembro de 2008 [9] do Centro Político Bipartidário [orig. Bipartisan Policy Center], think tank com sede em Washington, bem típico, já assumia como fato consumado que o Irã já teria capacidade para construir armas atômicas. Foi redigido por Michael Rubin para o American Enterprise Institute, neoconservador, o mesmo AEI que jamais se envergonhou de ter promovido a desastrosa invasão e ocupação do Iraque em 2003. Os membros daquele centro, vários dos quais viriam a ser assessores de Obama “aprovaram por unanimidade” o relatório, entre eles Dennis Ross, o ex-senador Charles Robb, o então futuro vice-secretário de Defesa Ashton Carter, Anthony Lake, a então futura embaixadora dos EUA na ONU Susan Rice e Richard Clarke. O documento National Intelligence Estimate de 2007, em que se reúnem anualmente as avaliações e os estudos prospectivos de todas as agências de inteligência dos EUA – e que garantia que o Irã encerrara em 2003 qualquer programa que tivesse para construir bombas atômicas – foi absolutamente desautorizado e ignorado. [10]

Copiando a abordagem “todas as opções estão sobre a mesa (inclusive a ciberguerra [11])”, o relatório de Rubin propunha – e o que mais seria?! – ataque militar no Golfo Persa, que teria como alvo “não só a infraestrutura nuclear do Irã, mas também a infraestrutura militar convencional, para impedir qualquer resposta iraniana”. De fato, esse ataque foi pensado para começar antes de George W. Bush deixar a presidência; nos anos Obama, apenas foi aumentado [12] na relação de alvos e objetivos. [13]

O ponto crucial é o seguinte: enquanto dezenas de milhões de eleitores nos EUA elegiam Barack Obama em 2008, em parte porque prometia pôr fim à guerra do Iraque, uma poderosa minoria ativa entre as elites de Washington já começava a rascunhar uma primeira versão agressiva de uma futura estratégia dos EUA na região que se estende do Norte da África à Ásia Central, região que o Pentágono, então, ainda chamava de “arco de instabilidade”. A viga mestra dessa estratégia era um programa para criar as condições para um ataque militar contra o Irã.

R.e.s.p.e.i.t.o???

Com o governo Obama 2.0 já às vésperas de tomar posse, a hora para resolver o imensamente complexo drama nuclear iraniano é já. Mas, como Gary Sick, da Columbia University – que foi assessor chave da Casa Branca sobre o Irã durante a Revolução Iraniana e a crise dos reféns em Teerã em 1979-1981 – sugeriu [14], nada jamais dará certo, enquanto Washington não começar a pensar além do programa de sanções cada dia mais duras [15] e que, agora, já está convertido em programa pétreo, imutável, considerado “politicamente intocável”.

Sick propôs via sólida e consequente – o que, na prática, significa: sem qualquer esperança de vir a ser adotada em Washington. Envolveria discussões bilaterais secretas, a serem conduzidas por negociadores que os dois lados aceitassem como confiáveis, baseadas em agenda acertada pelos dois lados. Essas discussões dariam lugar, em seguida, a negociações plenas e amadurecidas, no contexto do grupo P5+1 que já existe (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – EUA, Rússia, China, França e Grã-Bretanha, mais a Alemanha).

Se se considera a frenética onda pós-2009 de sanções, ameaças, ciberataques [16], ataques militares [17] e a colossal mútua incompreensão, ninguém, em sã consciência, poderia esperar que brotasse algum padrão de “respeito mútuo”, da abordagem “de duas mãos” de Washington.

Afinal, em agosto passado, o embaixador Hossein Mousavian, professor da Escola Woodrow Wilson de Assuntos Públicos e Internacionais da Universidade Princeton e porta-voz da equipe de negociadores iranianos de 2003 a 2005, explicou tudo, numa única frase [18]: “A história do programa nuclear iraniano sugere que o Ocidente, inadvertidamente, está empurrando o Irã na direção de construir bombas atômicas”. Chas Freeman, ex-embaixador dos EUA na Arábia Saudita, concorda; sugeriu [19], em palestra recente, que o Irã, hoje, “parece estar reproduzindo os passos do programa clandestino de desenvolvimento de armas de Israel, há 50 anos, quando Israel desenvolvia capacidades para construir, transportar e detonar armas atômicas, enquanto, simultaneamente, negava que tivesse qualquer intenção de fazer o que já estava fazendo”.

O que torna esses desenvolvimentos mais absurdos a cada dia, é que há solução para toda essa loucura. Como eu mesmo já escrevi [20], para atender às preocupações ocidentais sobre o estoque iraniano de urânio enriquecido a 20%,

... solução mutuamente aceitável no longo prazo deveria implicar o conceito de “estoque zero”. Por essa abordagem, uma comissão conjunta constituída do grupo P5+1 e de representantes do Irã calcularia e quantificaria as necessidades domésticas, no Irã, de urânio enriquecido a 20%; o que ultrapassasse essas quantidades teria de ser vendido no mercado internacional ou imediatamente reconvertido para nível mais baixo de enriquecimento, a ser fixado em 3,5%. Assim, ficaria assegurado que o Irã não manteria estoque excedente de urânio enriquecido a 20%, o que atenderia às preocupações internacionais, porque asseguraria que o Irã não poderia vir a construir bombas atômicas. Seria saída honrosa para os dois lados, porque reconheceria o direito dos iranianos a enriquecer seu urânio e esvaziaria as preocupações em torno de um Irã “atômico”.

É hora de pé-na-estrada, na(s) Nova(s) Rota(s) da Seda

A atual estratégia dos EUA não é exatamente sucesso estrondoso. O economista Djavad Salehi-Esfahani explicou [21] como os teocratas de Teerã continuam a conseguir gerir os piores efeitos das sanções e uma moeda nacional em queda livre, usando a imensa riqueza do petróleo e do gás natural iranianos, para subsidiar importações essenciais. O que nos leva à questão basilar do momento: Obama 2.0 afinal admitirá que Washington não precise de mudança de regime em Teerã, para melhorar seu relacionamento com aquele país?

Só se admitir isso (para ele mesmo, se não admitir publicamente), serão possíveis negociações reais que podem realmente vir a derrubar o Muro da Desconfiança. É absolutamente necessário que haja détente genuína, que os EUA aceitem que é direito do Irã manter programa nuclear para finalidades pacíficas. Só assim será possível garantir que o resultado não será um projeto clandestino de produção de armas; só assim acabará qualquer possibilidade de uma guerra devastadora no Golfo Pérsico e no coração petroleiro do Oriente Médio Expandido.

Em termos teóricos, a coisa pode incluir um pouco mais: um momento “Nixon na China” para Obama, uma jornada dramática, ou um gesto, pelo presidente dos EUA, para, de uma vez por todas, pôr fim ao impasse. Mas, se prosseguir a intensa barreira de fogo de desinformação comandada pelos falcões anti-Irã em Washington, que ataca coordenadamente com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de Israel; se persistir a ofensiva gigante de “Relações Públicas” [22] que insiste na sempre mesma retórica incendiária, nas “linhas vermelhas”, nos prazos fatais e em sabotar sempre, preventivamente, qualquer movimento do grupo P5+1 na direção de negociações com o Irã, a possibilidade de um momento daqueles, de um gesto daqueles, continuará a não passar de sonho ou delírio. Mas, de fato, nem um momento tão pouco provável, do tipo “Obama em Teerã”, tem alta chance de pôr um ponto final ao drama. Seria, mais, um pequeno gesto de cordialidade, no grande quadro.
Para entender por quê, é preciso considerar o quanto a posição geopolítica do Irã é absolutamente crucial. Afinal, em termos de energia e em outros termos, o Irã é a mais radical encruzilhada da Eurásia; por isso, é o pivô do mundo.

Estrategicamente, o Irã está em posição que lhe permite controlar as linhas de suprimento de parte muito grande das reservas globais de petróleo e gás; é uma espécie de engrenagem privilegiada para a distribuição da energia para o Sul da Ásia, Europa e Leste da Ásia, num momento em que dois países – China e Índia – estão emergindo como grandes potências do século 21.

No centro da política de Washington para a região, está a absoluta necessidade de controlar tudo isso; não alguma “ameaça iraniana”, que empalidece, se se comparam os gastos de Defesa dos dois países. Afinal de contas, os EUA estão gastando quase $1 trilhão [23], por ano, em “defesa”; o Irã gasta, no máximo, $12 bilhões [24] – menos que os Emirados Árabes Unidos; apenas 20% do total de gastos, na Defesa, das seis monarquias do Golfo Persa reunidas no Conselho de Cooperação do Golfo (CCG).

Além do mais, a “ameaça” nuclear iraniana desapareceria automaticamente, se Obama 2.0, algum dia, desse um passo, que fosse, para converter o Oriente Médio em zona livre de armas atômicas. O Irã e o Conselho de Cooperação do Golfo já apoiaram a ideia no passado. Mas Israel – potência nuclear de facto (embora jamais declarada), com arsenal de mais de 300 ogivas atômicas [25] – não concordou.

O grande quadro é ainda maior e ultrapassa os jogos estratégicos entre EUA e Israel sobre algum possível futuro arsenal atômico no Irã. A posição do Irã, como encruzilhada-chave para todo o sudoeste da Ásia determinará grande parte do futuro do Novo Grande Jogo na Eurásia. Determinará, sobretudo, qual versão de uma moderna Rota da Seda prevalecerá no grande tabuleiro de xadrez energético que chamo de Oleogasodutostão [orig. Pipelineistan] [26].

Há anos repito que todos esses desenvolvimentos interligados têm de ser analisados juntos, inclusive o anunciado movimento militar de “pivô” [27] (também chamado “reequilibramento” [28]) dos EUA. Aquela estratégia, anunciada no início de 2012 pelo presidente Obama, tinha o objetivo inicial de desviar a atenção de Washington, das duas desastrosas guerras no Oriente Médio Expandido, para focá-la na região do Pacífico Asiático, com especial atenção à questão de “conter” a China. Sim, mas...

Mais uma vez, o Irã está exatamente no coração dessa nova política, se se considera que grande parte do petróleo e do gás iranianos tomam o rumo da China, navegando por águas patrulhadas pela Marinha dos EUA.

Em outras palavras, o que menos importa é que o Irã seja potência regional dilapidada, governada por teocratas senis, com força militar modesta. Claro que o relacionamento entre Obama 2.0 e o Irã sempre envolverá a questão nuclear, mas também envolverá necessariamente (alguém reconheça publicamente, ou não) o fluxo de energia pelo Oleogasodutostão; e as futuras relações de Washington com a China e o resto da Ásia. E envolverá também os movimentos concertados de Pequim, para promover o yuan, em relação ao dólar e, ao mesmo tempo, para acelerar [29] a morte do petrodólar. E por fim, por trás de todas as mentiras acima listadas, há a questão de quem dominará [30] a versão “século 21” e “energética” da velha Rota da Seda eurasiana.

Na reunião, em Teerã, em 2012, do Movimento dos Não Alinhados [orig. Non-Aligned Movement (NAM)], Índia, Irã e Afeganistão trabalharam a favor da criação do que se pode chamar de uma nova Rota da Seda do sul – de fato, uma rede de rodovias, ferrovias e grandes portos que conectaria o Irã e sua imensa riqueza energética ainda mais intimamente à Ásia Central e ao Sul da Ásia. Para Delhi (como para Pequim), estar mais próximo do Afeganistão e, sobretudo, do Irã, é fator considerado crucialmente decisivo em sua estratégia eurasiana. E pouco importa o quanto Washington “desaprove”.

A Índia está apostando no porto de Chabahar no Irã; a China, no porto de Gwadar, no Paquistão (e, é claro, num gasoduto dali até o Irã) como elos de reembarque que unam a Ásia Central e o Golfo. Esses dois portos serão peões-chaves no Novo Grande Jogo do Oleogasodutostão [31] – que está, muito rapidamente, escapando do controle de Washington. Nos dois casos, apesar do ímpeto para isolar o Irã, há bem pouco que o governo Obama possa fazer para impedir que aconteçam essas e outras instâncias de integração local mais cerrada na Eurásia.

A grande estratégia de Washington para uma “Ásia Central Expandida” que os EUA controlariam já teve centro no Afeganistão e na Índia. A desastrada Guerra Afegã, contudo, cavou um buraco no centro de gravidade dos planos dos EUA; também foi e é desastre crescente a obsessão dos EUA com criar rotas de energia que ignorem o Irã (e a Rússia) –, obsessão vista no resto da Eurásia, já, de fato, como movimento irracional. A única versão de alguma Rota da Seda que o governo Obama foi capaz de conceber é rota de guerra ou relacionada à guerra: a Rede de Distribuição Norte [orig. Northern Distribution Network] [32], uma maratona logística de estradas que cruzam e recruzam a Ásia Central, para levar suprimentos militares até o Afeganistão, sem poder jamais confiar muito num Paquistão cada dia menos confiável. [33]

Desnecessário dizer que, no longo prazo, Moscou fará qualquer coisa para impedir a presença da OTAN na Ásia Central. Como Moscou, também Pequim, que vê a Ásia Central como área de retaguarda estratégica no que tenha a ver com seu suprimento de energia e como espaço, também, para onde expandir sua economia. Moscou e Pequim coordenarão suas políticas, para deixar Washington sem chão, através da Organização de Cooperação de Xangai. É a via pela qual Pequim também planeja canalizar sua solução para a guerra sem-fim no Afeganistão, de modo a melhorar a segurança de seus investimentos de longo prazo [34] (minérios e energia). Em resumo: ambas, a Rússia e a China, querem que o Afeganistão pós-2014 seja estabilizado pela ONU.

A ancestral Rota da Seda foi a primeira via de globalização que a humanidade conheceu, centrada no comércio. Hoje, sobretudo a China trabalha para promover sua própria ambiciosa versão de uma nova Rota da Seda focada no trânsito de energia – petróleo e gás natural – de Myanmar ao Irã e à Rússia. No final, conectará nada menos que 17 países, por mais de 8.000 km de rodovias de alta velocidade (sem contar outros 8.000 km já construídos em território da China). Para Washington, tudo isso só merece uma interpretação: um crescente eixo Teerã-Pequim, que só visa a conseguir que o objetivo estratégico dos EUA, de isolar o Irã e forçar ali uma mudança de regime, seja, para sempre, absolutamente inalcançável.

Obama em Teerã?

Assim sendo, o que sobra do impulso inicial de Obama para construir, com o Irã “um comprometimento baseado no mútuo respeito”? Não sobra muito, ao que parece.

A culpa – mais uma vez – é do Pentágono [35], para o qual o Irã continua a ser sempre “ameaça” número 1, e inimigo necessário. Culpe-se também a elite dos dois partidos em Washington, apoiada por legiões de “especialistas” midiáticos e think tanks, que não desistirão da inimizade contra o Irã e temem as bombas iranianas. E deve-se culpar também Israel, ainda determinada a empurrar os EUA para um ataque contra as instalações nucleares do Irã, que é o sonho dos israelenses. Enquanto isso, aumenta a níveis assustadores a implantação militar dos EUA no Golfo Pérsico, já descomunal [36].

Alguém, parece, terá de dar a notícia a Washington: vivemos em mundo cada dia mais multipolar, no qual as potências eurasianas, Rússia e China, e a potência regional, Irã, simplesmente jamais aceitarão [37] os cenários que Washington insiste em desenhar. No que tenha a ver com a(s) Nova(s) Rota(s) da Seda ligando o Sul da Ásia, a Ásia Central, o Sudoeste Asiático e a China, sejam quais forem os sonhos de Washington, essas novas rotas serão modeladas e construídas pelas potências da Eurásia. Não serão construídas pelos EUA.
Quanto a um momento “Nixon na China” de Obama 2.0, transplantado para Teerã? Já aconteceram coisas estranhas nesse planeta. Mas, nas atuais circunstâncias, que ninguém conte muito com grandes acontecimentos.

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