Manifestantes desfilam em frente à Casa Branca, em Washington DC, nos Estados Unidos, em 7/9/2013, instando o Congresso a rejeitar o plano de ação militar do presidente Barack Obama contra a Síria.
A mudança é dramática. Moscou sugeriu a Damasco que deve entregar suas armas químicas, destruí-las sob supervisão internacional e unir-se à Convenção pelo Banimento de Armas Químicas. A Síria rapidamente respondeu positivamente ao plano; e o presidente Obama também enviou um sinal; declarou que a resposta da Síria era “desenvolvimento potencialmente positivo”. Essa virada inesperada, depois que Washington mostrou seu plano para um ataque aéreo à Síria, trouxe algum alívio.
A mídia nos EUA já suspeitava de que o presidente Obama estivesse cuidando de uma “rota de escape”. Também muitos creem que seu ataque aéreo pode ser cancelado. O plano não obteve apoio suficiente dos cidadãos nos EUA e muitos deputados e senadores manifestaram objeções.
A proposta russa, para alguns analistas, é uma escapatória que Vladimir Putin oferece ao presidente americano.
A situação ainda é cheia de incertezas. Os EUA tornaram-se hesitantes, hesitação sem precedentes, no que tenha a ver com “punir” nação muito menor que os EUA. Obama passou a bola ao Congresso, onde logo emergiram divergências massivas. Estará Tio Sam tomado de temores, só porque a liderança do presidente Obama é fraca? O caso não parece ser esse.
Washington perdeu o senso de direção no Oriente Médio. Basta um estalo de dedos, e Tio Sam pode reduzir a cinzas a Síria, com um único ataque aéreo. Mas a ambiguidade dos propósitos políticos dos EUA está pondo o país numa situação de alto risco. Afinal, já se sabe que o Grande Oriente Médio, proposto depois da derrubada do regime de Saddam Hussein, nunca passou de utopia.
Ao mesmo tempo, a “conclamação” de Tio Sam aos amigos já não funciona tão bem como antes. Dessa vez, o mais provável é que a Royal Air Force britânica não compareça ao lado de Tio Sam. Mais importante, praticamente todas as grandes potências europeias já aplaudiram a solução pacífica concebida pelos russos.
A hesitação de Obama sugere que o poder dos EUA está declinante na comunidade internacional.
O mundo começa a preocupar-se com movimentos que lhe parecem inconsequentes ou temerários demais.
A proposta do Kremlin, clara, decisiva, tática e executável, foi golpe duríssimo no calcanhar de Aquiles de Washington. A Rússia superou o que foi em crises passadas, como na Iugoslávia, e acertou um cruzado no olho do mundo beligerante.
Contudo, deve-se notar que só o fim total desse “drama” pode forjar o futuro geopolítico no Oriente Médio. O que realmente fará diferença é se os EUA desistirão do ataque e se o governo de Bashar al-Assad será mesmo derrotado, caso o botão da guerra seja acionado.
Se Washington desistir do ataque aéreo, não importa por que motivo, ter-se-á o início do fim do intervencionismo militar comandado pelo ocidente. Os EUA talvez consigam começar a “raciocinar” com o mundo. Mas se a guerra eclodir, ela, em seguida, se converterá em vale-tudo dos mais incertos entre muitas diferentes potências.
Redecastorphoto
sábado, 14 de setembro de 2013
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Fala a China: “Putin oferece a Obama uma escapatória, mas...”
Fala a China: “Putin oferece a Obama uma escapatória, mas...”
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