O presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, disse que vai desistir da compra de seis aviões Super Tucano e dois radares que seriam destinados à Força Aérea do país. Foto - Siglo 21
Conforme o jornal Siglo XXI da Guatemala, e palavras do próprio Presidente Pérez Molina aquele país cancelou compra de 6 aeronaves Super Tucano e dois radares.
O presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, disse que vai desistir da compra de seis aviões Super Tucano e dois radares que seriam destinados à Força Aérea do país. O cancelamento, segundo explicou, seria por causa da falta de esclarecimentos sobre um suposto sobrepreço dos equipamentos, informou o jornal guatemalteco Siglo21, em notícia publicada nesse domingo, 17 (Leia nota do Siglo XXI no box abaixo).
Com a desistência, também ficaria cancelado um empréstimo no montante de US$ 133 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratado justamente para a compra das aeronaves.
Conforme o periódico, o governante teria convidado a Embraer a explicar os custos do contrato e dados técnicos da compra, mas a empresa brasileira não teria enviado ninguém ao país para esclarecer a questão. "Já não estamos mais interessados no sobrepreço que denunciamos; queremos ver se há a possibilidade de reparar os aviões de transporte que estão aqui ou ver outros projetos de compras", disse Molina, segundo o jornal.
Há alguns meses, a imprensa da Guatemala noticia que o governo local suspeitava de que o preço das aeronaves no contrato com a Embraer estaria sobrevalorizado, após ter realizado uma pesquisa comparando os preços em outros locais.
No início de agosto, o diário Prensa Libre informou que a suspeita do Ministério das Finanças da Guatemala era de que o sobrepreço estaria entre US$ 12 milhões e US$ 18 milhões. A este jornal, o ministro das Finanças, Pavel Centeno, teria dito que o preço unitário dos Super Tucano seria de entre US$ 6 milhões e US$ 9 milhões, mas a Embraer teria pedido US$ 16 milhões pelo avião, suporte logístico, programas de manutenção e treinamento, um centro de comando e controle e uma apólice de seguro.
Sobre o empréstimo com o BNDES, Molina também teria dito que ao desistir do financiamento, o país teria que pagar uma multa de cerca de quetzales (cerca de US$ 400 mil). "Teríamos que pagar, mas seria um valor mínimo comparado com o sobrepreço que existe nesses aviões", disse o governante ao Siglo21. Procurada pelo Broadcast, serviço de informação em tempo real da Agência Estado, a Embraer informou que não comentaria o assunto.
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