Deixando as dificuldades financeiras de lado, o Paquistão está modernizando o seu poderio aéreo, principalmente através do investimento no programa crítico Thunder JF-17.
Com uma crise de financiamento, a Força Aérea do Paquistão “irá concentrar a maioria dos recursos no JF-17 para garantir seu sucesso e desenvolvimento”, disse Usman Shabbir, representante do Consórcio Militar Paquistão think tank.
No ano passado, a Força Aérea admitiu esforços de modernização no âmbito do Plano de Desenvolvimento das Forças Armadas. No entanto, o Paquistão assegurou um empréstimo chinês para manter a produção do JF-17. Não há detalhes do montante do empréstimo.
A produção do segundo bloco se iniciou em dezembro. Com 50 jatos em serviço, a exigência do Paquistão é para até 250 aviões para substituir o envelhecido Mirage III e F-7. O Thunder já substituiu o caça de ataque A- C Fantan com dois esquadrões.
O Bloco II melhorou os aviônicos, carga de armas e capacidade de transporte, um enlace de dados e uma suíte de guerra eletrônica, além de uma capacidade de reabastecimento em voo, mas as autoridades relutam em dar detalhes específicos.
Um porta-voz do Complexo Aeronáutico do Paquistão (PAC), que fabrica conjuntamente o JF- 17 com a Chengdu Aircraft Industry Group, da China, disse apenas que a suíte de aviônicos é um “pacote misto”. Acredita-se que o bloco II irá usar um radar na banda X KLJ-7 NRIET, míssil de cruzeiro lançado do ar Ra’ad, bombas H-2/H-4 e o missil anti-radiação Mectron MAR-1.
Um novo cabide ejetor vai compensar a falta de estações adicionais de armas, e uma estação dedicada para um pod designador pode ser adicionada ao avião.
Outras melhorias nos aviônicos terão de esperar até que a produção do bloco III começe em 2016, com uma variante dotade de radar de varredura eletrônica ativa, mas até agora o Bloco III é apenas conceitual.
A importância do JF-17 para o Paquistão é um programa de exportação que ainda tem que garantir uma venda e tornar-se rentável. As linhas de produção em ambos os países são subutilizados. O PAC (Pakistan Aeronautical Complex) produz 18 aeronaves por ano, mas tem capacidade para 25.
Isso causou alguns atritos como a Força Aérea do Paquistão que quer satisfazer suas necessidades antes de se concentrar nas exportações.
Douglas Barrie, um membro sênior para a indústria aeroespacial militar, disse que acredita que a China poderia influenciar as exportações com “uma compra chinêsa da aeronave, mesmo que apenas em números simbólicos”, também iria reforçar suas credenciais.
“Não há nenhuma razão óbvia para duvidar de que o Chengdu JF-17 não deve ser um bom candidato em um número de mercados em que aviões de combate mais capaz ou é inviável ou não estão disponíveis, particularmente em alguns estados da África Oriental e, possivelmente, naqueles que desejam substituir plataformas de baixo custo”.
Se a Índia, por problemas financeiros cancelar a compra do Rafale, o Paquistão poderá rever seu plano de aquisição do FC-20(J-10B) e investir ainda mais os parcos recursos no JF-17, juntamente com a compra de mais caças F-16 usados e elevá-los para o Bloco 52.
FONTE: Defense News – Tradução: CAVOK
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
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Paquistão fez empréstimo com a China para continuar o programa JF-17
Paquistão fez empréstimo com a China para continuar o programa JF-17
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