Os estadunidenses desejam uma mudança em nossa política para Havana, e o presidente Barack Obama deve escutar à maioria dos cidadãos em todo o país que estimam que há muito a ganhar se eliminamos esta relíquia da Guerra Fria, disseram os legisladores.
Em um artigo de opinião publicado no jornal The Miami Herald, ambos os senadores apontam para uma pesquisa recente do Centro Latino-americano do Conselho do Atlântico que demonstra que existe um forte contraste entre a atual atitude dos estadunidenses com relação a esse tema e a política arcaica de Washington.
"Uma vasta maioria de norte-americanos de cada região do país e de diferentes partidos políticos apoia a normalização das relações com Cuba", acrescentam no documento.
Recordam que a margem de apoio sobe para 61 por cento quando se pergunta à respeito de elementos específicos, como a eliminação da proibição de viagens de estadunidenses a Cuba, a facilitação de transações comerciais e de encontros com o governo cubano sobre assuntos bilaterais como a luta antidrogas.
No estado da Flórida, onde existe a maior população de cubano-americanos, a pesquisa encontrou um apoio maior para a normalização dos vínculos: 63 por cento, enquanto a nível nacional 56 por cento dos consultados apoiam uma mudança de rumo nas relações com a ilha caribenha, acrescenta o texto.
Ao redor de 67 por cento dos floridanos entrevistados favorecem a eliminação de todas as restrições que os estadunidenses têm para viajar a Cuba, enquanto 82 por cento apoiam a realização de reuniões com representantes cubanos a respeito de questões de interesse mútuo, apontam os legisladores.
Estamos na quinta década, mais de meio século desta medida coercitiva contra a ilha caribenha e durante esse tempo deixou de existir a União Soviética, terminou o regime do Apartheid na África do Sul e restabelecemos relações com a China e o Vietnã, mas os Estados Unidos ainda se negam a reexaminar sua política para Cuba, acrescentam.
Ao invés de isolar Cuba com estas políticas fora de época, estamos isolando a nós mesmos, destaca o artigo de opinião subscrito por Leahy e Flake, que recorda a visita recente de aliados dos Estados Unidos a Havana, como os presidentes da Colômbia e do México, na Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).
O bloqueio estadunidense tem custado ao povo cubano mais de um trilhão 157 bilhões 327 milhões de dólares e constitui uma violação da Carta das Nações Unidas e das normas do Direito Internacional.
A comunidade internacional condenou e exigiu o levantamento imediato dessa medida durante 22 anos consecutivos na Assembleia Geral das Nações Unidas.
Prensa Latina
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