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segunda-feira, 9 de junho de 2014

União Europeia utiliza novos membros comunitários na luta contra Rússia

Nos últimos 10 anos, à União Europeia aderiram 13 novos países. São os Estados bálticos, a República Checa, a Bulgária, a Romênia, a Polônia, etc. Não se pode dizer que os “novatos” se enquadraram de forma harmoniosa no círculo dos países que formam o tradicional Velho Mundo.

Tem-se a impressão de um “casamento por interesse”: os antigos membros da EU estão utilizando os países “recém-casados” nos seus ataques ideológicos contra a Rússia. Os “novatos”, por sua vez, procuram apoio dos seus parceiros mais “experientes”. Mas acontece que tal apoio nem sempre corresponde às suas expectativas.

A discussão sobre o papel de velhos e novos membros comunitários contínua. A expansão da UE cristalizou tendências positivas e negativas. Entre essas últimas tem sido um aumento da massa crítica de incompreensão no diálogo entre a Rússia e a UE. As recentes afrontas e sanções contra Moscou no Parlamento Europeu após a reintegração da Crimeia vêm demonstrando um reforço da retórica anti-russa, o desrespeito de uma série de compromissos perante a parte russa e algumas outras tendências negativas, verificadas na política internacional.

Hoje em dia, os países europeus “velhos” e mais sábios têm utilizado os “novatos” como um tampão na sua luta política contra a Rússia. No meio de uma progressiva retórica antirussa insensata se destacam a Polônia e os países do Báltico. As acusações lançadas por eles não faltam. Com isso, a Europa “velha”, em termos psicológicos, mantém uma atitude de arrogância para com os “novatos”, sustenta o analista Grigori Trofimchuk:

“No que se refere às relações econômicas, a situação é ainda pior. Os países do antigo bloco socialista precisam de recursos financeiros, embora tenham pretendido obter somas bem largas a fim de estabilizar minimamente a situação social. Mas não o conseguem. Os novatos da UE e da OTAN não recebem quase nada. Apenas eles próprios sabem como é que conseguem sobreviver”.

É verdade que entre as duas partes da Europa – a velha e a nova – persiste a incompreensão e desconfiança. Uns se consideram “justos”, os outros querem que os tratem da mesma maneira. Mas assim não acontece. O Ocidente e, antes de mais, Washington, precisam de “recrutas” na guerra ideológica e informativa contra a Rússia e os processos integracionistas no espaço euro-asiático.

Todavia, no seu afã fomentado pelos EUA, de passar para “a primeira categoria”, os países do Leste europeu se prontificam a fazer muita coisa. Até, por mais paradoxal que pareça, se dispõem a limitar a sua soberania. De acordo com o politólogo Alexei Martynov, os habitantes dos países “novatos” se interrogam – para que os seus países tinham aderido à UE?

“Muitos cidadãos dos Estados “novatos” começam a compreender a sua “missão”, indicada por velhos burocratas europeus. Por um lado, eles são vistos como uma “carne de canhão” nas operações da OTAN, por outro lado, como um “serviço de águas e esgotos” no sistema de solução das situações de crise. Mais uma função se prende com um papel de “cordão sanitário” que os possa isolar da Rússia e de zonas de sua influência”.

As ambições absurdas, expressas por “novatos”, suas tentativas de se colocarem na mesma fila com os “veteranos”, tratando-os em pé de igualdade, teriam causado sorriso, se os novos membros comunitários não tivessem acreditado na sua exclusividade.

Há dias, um dos mais célebres políticos poloneses, Lech Walesa, declarou: “Os EUA devem começar a agir como a superpotência. Se não o querem, podem encarregar a Polônia dessa missão. Vamos pensar em como realizá-la”. Tal é uma mania de grandeza inexplicável.

Voz da Rússia

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