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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

ONU: a situação humanitária na Ucrânia é desastrosa

Ucrânia, ONU, ajuda

A ONU constatou o agravamento evidente da situação humanitária na Ucrânia. Um relatório do Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários destaca que mais de 3,5 milhões de ucranianos vivem em locais atingidos pela continuada violência.

Os combates tornam-se cada vez mais frequentes em regiões densamente povoadas, ameaçando seriamente os habitantes locais. Cada dia, milhares de pessoas são obrigadas a abandonar seus lares. KIEV, contudo, continua a não ver a crise humanitária no leste do país.
Cerca de 730 mil pessoas deixaram a Ucrânia e foram este ano para a RúSSIA devido aos combates no leste do país. Outras 117 mil pessoas estão desalojadas no interior da Ucrânia, mudando da região perigosa para locais mais tranquilos do país. Tais dados foram referidos pelo diretor europeu do Escritório da ONU para Refugiados, Vincent Cochetel.
Estas pessoas não são turistas, ressaltou Cochetel, desmentindo deste modo as afirmações do Departamento de Estado dos EUA de que os milhares de habitantes da região de Donetsk teriam deixado suas casas para visitarem familiares na Rússia.
A ONU destaca que os habitantes do leste da Ucrânia se deparam com GRANDES PROBLEMAS – as casas e infraestrutura estão fortemente danificadas, os bancos não funcionam e há interrupções no ABASTECIMENTO DE ÁGUA e na assistência médica. Tentando salvar suas vidas, muitas pessoas fogem sem dinheiro e pertences. É necessário ajudá-las em novos locais a receber o necessário, acentuou o embaixador da Rússia na ONU, Vitali Churkin:

“O nosso país está disposto a superar a essa enorme carga. Não precisamos de AJUDA HUMANITÁRIA alheia. Pelo contrário, nós próprios estamos prontos a intensificar a assistência humanitária à população ucraniana. Na SITUAção que se formou no leste da Ucrânia, é necessário renunciar à politiquice e seguir honestamente os princípios humanitários, proclamados pela comunidade INTERNACIONAL”.
Não são apenas os refugiados que atravessam a fronteira que precisam de ajuda. As pessoas, que por diferentes causas continuam a viver na região não precisam menos de apoio. Moscou tem chamado reiteradas vezes a atenção de Kiev e de organizações internacionais para este fato.
Atualmente, a Rússia propõe mais uma vez ENVIAR PARA a Ucrânia comboios humanitários sob acompanhamento e na presença de representantes do Comitê Internacional da CRUZ VERMELHA, que devem controlar o carregamento dos comboios, acompanhá-los durante todo o caminho e supervisionar a distribuição da ajuda entre os necessitados. O principal é que as cargas cheguem ao local.
Mas Kiev nega-se a reconhecer que a situação no leste da Ucrânia tem um caráter de catástrofe humanitária e não considera necessário enviar ajuda internacional. A assistência aos habitantes da região em guerra não corresponde aos interesses das autoridades ucranianas e de seus patrocinadores ocidentais, aponta um cientista político, Vladimir Bruter:
“Kiev declarou na REUNIÃO DO CONSELHO de Segurança da ONU não ver o problema humanitário na Ucrânia. Esta é uma declaração muito sintomática, que mostra a atitude da direção ucraniana para com o problema. As autoridades de Kiev consideram que podem fazer o que quiserem com o leste do país. As vítimas e destruições são parte integrante dos projetos que a atual direção ucraniana tenta realizar no país e por isso está rejeitando ajuda humanitária. Kiev considera que os próprios habitantes do leste da Ucrânia devem tratar da sua sobrevivência e, se eles não sobreviverem, não haverá nada de terrível”.
A operação militar no leste da Ucrânia traz desgraças não apenas aos habitantes locais e familiares dos insurgentes. Segundo diferentes dados, as perdas do exército ucraniano e de outras formações punitivas calculam-se em milhares de pessoas. A maioria delas são pessoas de profissões civis mobilizadas com urgência na Ucrânia central e ocidental.
Aqueles que não querem matar compatriotas e ser mortos fogem frequentemente para a Rússia. Há dias, 438 militares ucranianos atravessaram a fronteira russa. Salvaram suas vidas, mas podem ser presos no PAÍS DE ORIGEM. Em outras palavras, a política de Kiev de esmagar militarmente as regiões orientais tem consequências gravíssimas para todo o povo ucraniano.

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