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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Rússia deixa países da OTAN nervosos

Foto de arquivo

O ministro da Defesa canadense Robert Nicholson chamou de provocação o sobrevoo por aviões russos de um navio de guerra canadense no mar Negro. Atualmente, no mar Negro estão decorrendo exercícios militares Sea Breeze da Ucrânia e da OTAN. O fato de que a Rússia está patrulhando do ar águas neutras perto de suas águas territoriais provocou uma reação emocional dos países ocidentais.

A Rússia está pondo nervosos os países da OTAN. 12 navios de guerra da Aliança e da Ucrânia estão participando em manobras perto da costa noroeste do mar Negro. A um passo da fronteira russa. Mas por alguma razão o controle aéreo de Moscou sobre a situação preocupou fortemente o comando ocidental. O ministro da Defesa canadense ficou particularmente preocupado. Ele reconheceu que o voo de dois bombardeiros russos Su-24 e um An-26 de reconhecimento perto do navio Toronto da Marinha canadense não representava uma ameaça, mas expressou a preocupação de que isso aumentará as tensões na região. Apesar de que era impossível não prever tal ação, acredita o analista político Viktor Kuvaldin:
“É uma prática comum, especialmente quando navios de guerra de países estrangeiros se encontram perto das águas territoriais de outro Estado. O lado canadense esperava isso. Além disso, é difícil imaginar que isso não iria acontecer quando navios de cinco países da OTAN entram no mar Negro. A reação excessivamente emocional explica-se pela tensão geral causada pela crise ucraniana”.
O Canadá, juntamente com Espanha, Romênia, Estados Unidos, Turquia e vários outros países estão realizando como observadores exercícios navais militares com a Ucrânia, um país que, ao longo dos últimos meses, tem conduzido uma guerra maciça contra uma grande parte da sua população. E que concordou com uma trégua apenas dois dias antes do início dos exercícios.
Quando a Rússia apontava para a natureza abertamente provocadora de tais ações da OTAN, a Aliança se fazia despercebida. No Departamento de Estado disseram simplesmente que nada do que fazem os Estados Unidos e a OTAN nunca foi e não pode ser provocativo por definição. Mas quaisquer ações de Moscou, seja exercícios previamente planejados a mil quilômetros do território ucraniano ou patrulhas de suas próprias fronteiras, são provocadores pioram os conflitos internos em outros países, particularmente na Ucrânia. Essa é a lógica incontestável dos tempos da guerra fria, diz o cientista político Viacheslav Nikonov:
“O fato de que os países ocidentais consideram seus exercícios no mar Negro algo normal e os exercícios militares russos em território russo fora do normal, é uma manifestação comum de padrões duplos. Isso não é surpreendente. Percebemos perfeitamente que o Ocidente tem um complexo de sua infalibilidade e certeza de sua justiça. Por isso é completamente inútil persuadi-los de algumas coisas”.
Dentro de uma semana na Ucrânia serão realizados mais uns exercícios militares conjuntos com os Estados Unidos e países da Aliança do Atlântico Norte. Nas manobras Rapid Trident 2014 participarão 1.300 militares de 15 países. Infantaria da OTAN irá marchar pela região de Lvov, na parte ocidental da Ucrânia (perto da fronteira com a Polônia), a mais radicalmente posicionada em relação ao conflito no sudeste do país. Eles receberam com extrema decepção a trégua que o presidente Piotr Poroshenko foi forçado a concluir com as milícias de Donbass. Mas os exercícios terrestres conjuntos da Ucrânia e da OTAN irão certamente devolver-lhes o espírito guerreiro. Bem como a declaração de Kiev de que os países da OTAN concordaram em fornecer à Ucrânia armas modernas.
Embora, certamente, as manobras Rapid Trident 2014 foram planejadas há muito tempo e, como enfatizam na aliança, não têm nenhuma relação com a situação atual na Ucrânia. E os acordos secretos sobre fornecimentos de armas são desmentidos pelos patrocinadores ocidentais de Kiev. E se depois disso Kiev quebrar a trégua e lançar uma nova ofensiva contra as repúblicas de Donetsk e Lugansk, isso naturalmente não terá nada a ver com as ações da OTAN. Os Estados Unidos e Kiev irão certamente acusar a Rússia da retomada do derramamento de sangue.

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