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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

BRICS, aliança de um mundo novo

BRICS

O ano de 2014 entrará na história mundial como ano de divisão entre as potências ascendentes e descendentes, entre o Oriente e o Ocidente. Apesar do descontentamento do Ocidente, o BRICS poderá ocupar a posição de maior destaque no novo mundo, prognosticam economistas e cientistas políticos russos na véspera do VIIº encontro de cúpula do BRICS, a decorrer em Ufa (Rússia) entre 9 e 10 de julho de 2015.

Uma das distinções mais vantajosas do BRICS em comparação com as atuais alianças ocidentais é o fato de esta formação não ser uma união político-militar ou econômica, como, por exemplo, a OTAN ou o Mercado Comum da União Europeia. O grupo BRICS é uma associação de novo tipo, fundada com base em princípios de igualdade e comunidade de interesses. Diferentemente das alianças ocidentais, no BRICS não há lugar para a dominação de uma potência, tudo assenta na igualdade completa em direitos dos países-participantes.
A composição das alianças existentes também é muito importante. Enquanto as uniões ocidentais incluem apenas os países da União Europeia e os EUA, como, por exemplo, o G7, e têm limites geográficos bastante restritos – uma pequena parte do Continente Europeu e uma parte da América do Norte, o BRICS engloba representantes de todos os continentes habitados, seja o Brasil, na América do Sul, ou a África do Sul, em África. No Continente Eurasiático, os interesses do BRICS são defendidos não apenas pela Rússia, mas também pela Índia e a China. É evidente que o caráter universal do BRICS é mais eficaz do ponto de vista geopolítico em comparação com as associações locais do Ocidente.
Não é menos importante também o fator econômico no desenvolvimento das alianças existentes. Assim, 70% da população mundial vive nos países com médios rendimentos “per capita” (de USD 1,036 a USD 12,615 anuais), ao mesmo tempo que 50% vivem nos países do BRICS. Contudo, apenas 16% da população da Terra vive nos países do “bilhão de ouro” com altos rendimentos (acima de USD 12,615), que entram no G7.
As leis democráticas professadas pelo Ocidente, quando as decisões são tomadas por maioria de votos, irão em breve se voltar contra ele: mais cedo ou mais tarde, a maioria deixará de cumprir a vontade de um pequeno grupo de ricaços que persegue somente seus próprios interesses. Já no ano em curso, o volume sumário do PIB dos países do BRICS equiparou-se ao respetivo índice dos países do G7, diz o antigo presidente da República do Quirguistão, Askar Akayev:
“Os países do grupo BRICS conseguiram não apenas manter a dinâmica de seu desenvolvimento, mas também fixar esses êxitos, devendo se tornar a principal força política e vanguarda econômica do desenvolvimento mundial até 2030. Até 2050, a história irá fazer uma viragem completa e o centro da produção de artigos e serviços se deslocará para a Região da Ásia e do Pacífico, o Sudeste Asiático e, em primeiro lugar, para a China e a Índia”.
A aliança do BRICS, desenvolvendo-se impetuosamente, é capaz de propor ao mundo um novo conceito de interação igual em direitos em todos os vetores da cooperação entre os Estados, onde não haverá potências dominantes e países subordinados, mas sim parceiros unidos pelos interesses comuns.

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